• 03 de julho de 2018
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Ibama, Embrapa e universidades recuperam campos degradados do Pampa no RS

O Ibama, a Embrapa Pecuária Sul, de Bagé (RS), e as universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Pampa (Unipampa) concluíram na primeira quinzena de junho Projeto de Recuperação de Área Degradada (PRAD) em terreno do Exército com 715 hectares em Rosário do Sul (RS). Monitorado desde 2015, o local apresenta ampla cobertura de solo sem processos erosivos, elevada presença de espécies nativas campestres e controle da principal espécie exótica invasora no bioma, o capim-anonni.



As técnicas usadas para recuperar a vegetação campestre foram o pousio, que consiste em deixar a terra em repouso por determinado período; o corte de vegetação com roçadeira mecânica, com o objetivo de oferecer mais espaço para competitividade e diversidade entre espécies herbáceas e campestres; o pastoreio controlado, que evita a carga excessiva de animais e acelera a regeneração natural da flora nativa; e o diferimento, que impede o pastoreio em épocas propícias à reprodução da vegetação.



O gado também foi usado para trazer sementes de áreas vizinhas preservadas e favorecer a propagação da cobertura vegetal nativa.



“A pecuária extensiva, com lotação controlada de animais, se mostra compatível com o uso sustentável do Pampa e pode funcionar como ferramenta de recuperação das áreas degradadas em ambientes campestres”, disse o chefe da Divisão Técnico-Ambiental do Ibama no Rio Grande do Sul, Rodrigo Dutra.



Compostos por cerca de 3 mil espécies de plantas, das quais 450 são gramíneas e 150 leguminosas, o bioma Pampa ocupava originalmente 63% do estado.



 


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