• 11 de fevereiro de 2019
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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A extensão da morte do rio Paraopeba

Os impactos causados pela barragem de Brumadinho são gigantes e vão desde as dolorosas mortes de pessoas queridas até o cotidiano da população que convivia com um rio que também morreu



Pescar no fim da tarde de domingo era rotina do casal Jair Jorge da Cruz e Conceição Oliveira da Cruz. Na companhia da cachorrinha Susie, eles saíam de casa com as varas de bambu, iscas e um milho cozido para jogar aos peixes. E seguiam para o rio Paraopeba, onde ele cruza o bairro de Córrego do Barro, em Pará de Minas.



A lama ainda não chegou ao local onde eles costumavam pescar, mas desde o rompimento da barragem não tiveram coragem de seguir sua rotina. Acham melhor não arriscar, por isso estão indo a uma represa artificial. “Se a gente não vem pescar, ela fica brava”, diz Jair sobre a esposa. É ela que gosta da pescaria. Conceição enumera as espécies que costumava encontrar no rio: piaba, traíra, lambari, tilápia e piau. Frente a lama da Vale, no entanto, esses peixes não têm vez.


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