s fortes chuvas que caíram sobre São Paulo neste fim de semana resultaram em deslizamentos de terra e inundações, entre outras consequências sobretudo no litoral norte do estado. Em virtude dessa situação, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) vem acompanhando e avaliando os impactos dessas chuvas para o armazenamento de água dos reservatórios da bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul. A ANA disponibiliza, ainda, as informações sobre a situação da bacia por meio de boletins diários de acompanhamento. Acesse o boletim de 20 de fevereiro aqui.
Na região de cabeceira da bacia do Paraíba do Sul, em São Paulo, a vazão média diária que chega ao reservatório Paraibuna (SP) – o maior da bacia – saltou de 100 metros cúbicos por segundo para 673m³/s entre a última sexta-feira (17) e o sábado (18). Devido a sua capacidade de armazenamento de água, Paraibuna liberou uma vazão de 19m³/s no sábado e chegou a liberar 53,4m³/s na manhã de domingo (19). Com isso, o reservatório da hidrelétrica Paraibuna acabou amortecendo a onda de cheia provocada pela chuva, o que reduziu os impactos a jusante (rio abaixo) no Paraíba do Sul.
O reservatório Funil (RJ), também na calha do Paraíba do Sul, continua sendo operado para controle de cheia de modo a proteger municípios fluminenses que ficam abaixo de sua barragem, como Barra Mansa, Resende e Volta Redonda.
No trecho entre as usinas hidrelétricas Paraibuna e Funil – que abrange áreas urbanas de São José dos Campos (SP), Guaratinguetá (SP), Aparecida (SP), dentre outros municípios – ocorreu a elevação de vazões e níveis d'água, atingindo o pico de 521m³/s em Queluz (SP) logo a montante (acima) da hidrelétrica Funil. Nesse ponto os níveis ainda estão elevados, o que requer atenção quanto às ocupações às margens do rio Paraíba do Sul.
A bacia do rio Paraíba do Sul tem uma área de aproximadamente 62.074km² e abrange 184 municípios, sendo 88 em Minas Gerais, 57 no Rio de Janeiro e 39 em São Paulo. O rio Paraíba do Sul resulta da confluência dos rios Paraibuna e Paraitinga, que nascem no Estado de São Paulo, a 1.800 metros de altitude. O curso d’água percorre 1.150km, passando por Minas, até desaguar no Oceano Atlântico em São João da Barra (RJ). Os principais usos da água na bacia são: abastecimento, diluição de esgotos, irrigação e geração de energia hidrelétrica. Saiba mais sobre a bacia em: www.gov.br/ana/pt-br/sala-de-situacao/paraiba-do-sul/paraiba-do-sul-saiba-mais.
Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)
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