• 01 de março de 2013
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
  • 590

Baleeiros japoneses deixam santuário na Antártica

Após várias temporadas enfrentando a frota de navios baleeiros japoneses nas águas ao sul da Austrália e Nova Zelândia, a ONG Sea Shepherd comemora que a campanha Tolerância Zero de 2012-2013 terá o menor número de baleias capturadas até agora. Segundo estimativas conservadoras do Capitão Paul Watson, o número de baleias mortas neste ano não passa de 75, podendo ser muito menor, mas com certeza não maior. A cota dos japoneses é de 900 baleias por ano. “A swiss replica watches campanha liderada pela Sea Shepherd Austrália foi um enorme sucesso e a tripulação de todos os três navios está satisfeita”, disse Watson. Nesta sexta-feira, a Sea Shepherd informou que os baleeiros estavam rumando para o norte, já fora das águas do Santuário das Baleias do Oceano Austral. Os três navios da ONG continuarão a escoltar os japoneses para o norte garantindo que não voltem para matar mais baleias. Desde que a frota japonesa chegou ao Oceano Austral em 28 de janeiro, os navios da Sea Shepherd os seguiram por mais de 9 mil kms. Dois confrontos foram registrados para evitar a caça das baleias e três para impedir o abastecimento ilegal (no Santuário) do baleeiro japonês Nisshin Maru (na imagem, o navio mais a frente). os japoneses chegaram a jogar granadas de concussão, acionar canhões de água e até mesmo a forçar o baleeiro de 8 mil toneladas contra um dos navios dos ativistas. Em 2 de outubro de 2012, o New York Times relatou que a Sea Shepherd custou aos baleeiros US$ 20,5 milhões apenas na temporada 2010-2011. “A eficácia da organização é o alvo de uma campanha de ataque de 30 milhões dólares pelo governo japonês, com recursos dos contribuintes bem como verbas desviadas do fundo de ajuda do tsunami do Japão, que foram doados por cidadãos de todo o mundo para ajudar cidadãos japoneses -muitos ainda precisam – não para subsidiar a indústria baleeira falha e destrutiva”, diz a ONG. Cultura? O argumento dos japoneses sempre foi que a caça anual de centenas de baleias tem fins científicos, uma brecha da regulamentação sob a Convenção Internacional Baleeira. Porém, em uma entrevista à Agence France-Presse nesta semana, o Ministro da Pesca Yoshimasa Hayashi finalmente admitiu que a matança nada tem a ver com ciência. “A caça às baleias há tempos faz parte da cultura tradicional japonesa, então apenas gostaria de dizer, por favor, compreendam que isto é a nossa cultura”. Ele ainda adicionou que o seu país nunca parará de caçar baleias apesar das críticas.


Empresas contempladas