• 19 de agosto de 2014
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Brasil e Alemanha constroem torre de observação do clima na Amazônia

A floresta tropical da Amazônia vai ganhar, ainda este ano, uma torre de 325 metros de altura para observação de mudanças climáticas na região. Batizada como Torre Atto (sigla em inglês para Amazon Tall Tower Observatory), será resultado de parceria entre Brasil e Alemanha. Os dois países vão investir R$ 7,5 milhões no observatório, que teve suas bases lançadas na última sexta-feira (15) na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã, a 150 quilômetros de Manaus. A previsão é de que a obra seja concluída em novembro próximo.

Como um dos ecossistemas mais sensíveis do planeta, que desempenha papel importante na estabilização do clima, o objetivo da torre é medir os impactos das mudanças climáticas globais nas florestas de terra firme da Amazônia, medindo a interação da floresta com a atmosfera. Além disso, a torre também servirá para pesquisas inéditas de química da atmosfera, como trocas gasosas, reações químicas e aerossóis, processos de transporte de massa e energia na camada limite da atmosfera.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), o local de instalação da torre foi escolhido após uma série de estudos em conjunto com o Instituto Max Planck, da Alemanha, e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Os técnicos optaram por uma área de terra firme na floresta – ambiente mais comum na variada paisagem amazônica. A Torre Atto será a primeira do tipo na América do Sul, quatro vezes mais alta do que a atual torre de observação do Inpa, que tem 80 metros.

A torre funcionará ininterruptamente, e terá vida útil estimada entre 20 e 30 anos. Estão previstas também quatro torres menores – com 80 metros de altura, cada – em volta da Torre Atto, com o objetivo de medir fluxos e transportes horizontais, dando auxilio na obtenção de dados da torre principal. A estrutura de observação climática é um empreendimento conjunto, liderado pelo Inpa, Instituto Max Planck e pela UEA, mas com participação também de outras instituições.

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