• 12 de dezembro de 2011
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Brasil é quinto país que mais investe em energias limpas

Relatório divulgado pela ONU apontou que o Brasil foi o quinto país que mais investiu em energias limpas no último ano. No entanto, ainda estamos longe de explorar todo o potencial que possuímos quando o assunto é a geração de eletricidade a partir das novas renováveis, como eólica e solar

O relatório Tecnologia e Inovação 2011 – Unindo Desenvolvimento e Tecnologias para Renováveis, divulgado nesta terça-feira, 29/11, pela Unctad – Conferência da Organização das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento apontou que o Brasil foi o quinto país que mais investiu em energias limpas no último ano, aplicando US$ 7 bilhões no setor. O primeiro lugar do ranking ficou com a China, que investiu US$ 49 bilhões em renováveis em 2010, seguida por Alemanha, Estados Unidos e Itália.

Apesar da boa notícia, o documento traz um alerta para os brasileiros: o país está fazendo avanços tecnológicos significativos no setor das novas renováveis – assim como os demais países do Bric –, mas ainda deixa de aproveitar grande parte do seu potencial em energia solar e eólica.

Isso porque, atualmente, o Brasil se concentra nos setores que o relatório denomina de “energéticos maduros” e englobam, por exemplo, os biocombustíveis e as hidrelétricas. Como consequência, as novas renováveis, como solar e eólica, ficam em segundo plano nos investimentos, apesar de todo o seu potencial.

AS RENOVÁVEIS NO MUNDO
Ainda de acordo com o relatório da ONU, os investimentos globais em energias renováveis também cresceram, com um aumento de mais de 539% em seis anos. Isso porque, enquanto em 2004 foram aplicados US$ 33 bilhões no setor, no ano passado o montante para investimentos foi de US$ 211 bilhões.

Apesar do grande crescimento, o documento destaca que ainda precisam ser investidos centenas de bilhões de dólares em tecnologia para que o mundo consiga usufruir de toda a capacidade que possui no setor de geração de energia limpa, sobretudo nos países em desenvolvimento, onde as renováveis apresentam uma oportunidade real de reduzir a pobreza energética.

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