• 18 de novembro de 2016
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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COP 22: ONU lança alerta para limitar o aumento da temperatura em 1,5ºC

Empregos, crescimento e geração de renda serão beneficiados diretamente pelos esforços em conter as mudanças climáticas

O PNUD – O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento acaba de lançar aqui no Marrocos um relatório* que estuda as oportunidades em cumprir o Acordo de Paris, ou seja, limitando o aumento médio da temperatura do planeta em 1,5° C.

O relatório conclui que o crescimento econômico medido pelo PIB seria até 10% maior, se esse limite for mantido, o que representa cerca de US$ 12 trilhões a mais, se for comparado a manter os atuais índices de emissão dos gases de efeito estufa que podem contribuir para um aumento de 3 ° C ou mais.

Para o PNUD, o a meta prevista no acordo global de 1,5 ° C é viável e necessária, para tanto será importante aumentar os esforços para zerar as emissões e chegar até o final do século a 100% no uso de energias renováveis.
Dados inéditos apontados pelo estudo afirmam que poderiam ser criados 68% mais empregos mantendo o limite do aquecimento global do que caso o 1,5º seja ultrapassado.

Segundo o Dr. Michiel Schaeffer, co-diretor da Climate Analytics e co-editor do relatório, os impactos e riscos geofísicos e biológicos aumentam significativamente de 1,5 ° C para 2 ° C. “Tanto para os países desenvolvidos como em desenvolvimento, os danos muito menores causados pela mudança climática em um caminho de 1,5 ° C significam que as oportunidades de crescimento econômico podem ser preservadas em grande parte. Na ausência de ação climática, essas oportunidades seriam substancialmente reduzidas até a década de 2040 “.

Já Matthew McKinnon, Gerente de Projeto do PNUD, afirma que as conclusões do relatório deixam claro que o corte de emissões prejudicariam o crescimento. “É exatamente o oposto: a mudança climática é tão ameaçadora para o crescimento que enfrentá-la tornou-se uma das maiores responsabilidades de desenvolvimento que enfrentamos”, acrescentando que “o desafio agora é garantir o acesso generalizado a toda a gama de benefícios de uma ação climática agressiva . ”

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