Alok Sharma listou conquistas alcançadas na COP26, em Glasgow
Para o presidente da COP26, se fossem implementados todos os compromissos assumidos no ano passado, incluindo as promessas de neutralização de CO2, o mundo estaria a caminho de um aquecimento de 1,7º C até o final do século.
Sharma declarou progressos ainda no caminho para limitar o aquecimento global a 1,5°C, ao reconhecer que o mundo enfrenta um grande desafio. Ele pediu ação dos líderes, apesar das atuais questões geopolíticas.
Sharma ressaltou que diante do momento desafiador, a "falta de ação é míope e só pode adiar a catástrofe climática” e pediu que se busque capacidade de concentração em mais de uma tarefa ao mesmo tempo”.
Urgência na implementação
O presidente da COP27, Sameh Shoukry, pediu aos representantes que aumentem a ambição e comecem a implementar os compromissos. A prioridade é passar de negociações e promessas para uma era de implementação. Ele enalteceu a atuação de países que já compartilharam planos climáticos nacionais atualizados.
Shoukry acrescentou que devem ser entregues os US$ 100 bilhões prometidos para adaptação dos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento, e que o financiamento esteja no centro da discussão.
Na expetativa de “negociações frutíferas” em Sharm el-Sheikh, ele pediu aos participantes que “ouçam atentamente, se comprometam com a implementação e transformem os compromissos políticos em acordos, entendimentos e textos e resoluções” de implementação geral.
Foram os negociadores do Grupo dos 77 e China que apresentaram o item “perdas e danos”, que veio a ser adotado como ponto de agenda na conferência.
Economias em desenvolvimento são geralmente as mais afetadas
O fundamento é que devido à mudança climática, refletida em eventos extremos como ciclones tropicais, desertificação e elevação do nível do mar, os danos são dispendiosos aos países.
A questão prática das “perdas e danos” será agora um grande tema de discussão na COP27.
OMM/Leonor Hernandez