Alterações se devem à aceleração das mudanças do clima; agência da ONU registrou começo do verão frio e úmido, queda de neve pesada e atraso de derretimento; onda de calor em junho causou perda considerável de gelo. A camada de gelo da Groenlândia perdeu cerca de 166 bilhões de toneladas de massa até agosto passado. 2021 marcou o 25º ano consecutivo de retrocesso na principal estação da região do Polo Norte. O derretimento foi maior do que a acumulação verificada no inverno.
Perda
Em relatório, a Organização Meteorológica Mundial, OMM, revela que a onda de calor ocorrida no final de julho causou a perda considerável. Pela primeira vez choveu numa estação localizada no topo de uma geleira a 3.200 metros de altitude. Além disso, no ano passado houve um retrocesso rápido da geleira Sermeq Kujalleq, conhecida por Ilulissat. Os dados foram recolhidos pelo serviço dinamarquês de monitoramento do Portal Ártico Polar, que colabora no relatório anual Estado do Clima da OMM.
Nevascas
A chegada tardia da estação do derretimento deveu-se ao início frio e úmido do verão. No último mês de junho ocorreram nevascas excepcionalmente fortes e demoradas. A camada de gelo perdida na temporada inclui a massa de superfície líquida de aproximadamente 396 bilhões de toneladas. Foi o 28º nível mais baixo registrado em 41 anos. O Polar Report atribui as alterações rápidas à aceleração das mudanças climáticas. O relatório também observa que o frio do início do verão pode ter sido causado pelas condições no sudoeste do Canadá e no noroeste dos Estados Unidos.
Nesses territórios, formou-se um enorme sistema de alta pressão de “bloqueio” em formato da letra Ômega, a última do alfabeto grego.