O Cerrado chegou a cobrir dois milhões de quilômetros quadrados, abrangendo 20% do território nacional. Hoje, metade está de pé. Ofuscado pela fama internacional da Amazônia, o Cerrado ficou esquecido – e está ameaçado.
O seu ritmo de desmatamento é mais rápido que o do vizinho – foram 9,4 mil quilômetros quadrados perdidos de Cerrado em 2015, contra 6,2 mil de floresta amazônica, segundo o Ministério do Meio Ambiente. Serviu especialmente para dar lugar a pastos e plantações. O Cerrado está na última fronteira do agronegócio brasileiro, nos estados do Norte e Nordeste, enquanto sua proteção continua fraca – apenas 7,5% do bioma está em áreas protegidas.
Projeto Colabora sobre o Cerrado e Caatinga, coordenado pelo ambientalista Pedro Piauí, criou um abaixo assinado no Change.org para transformar ambos os biomas e perfis vegetais em patrimônios nacionais. Até o momento o documento tem 183 mil assinaturas.