Cetesb confirma contaminação de área onde funcionava hangar da Vasp no Aeroporto de Congonhas
São Paulo – A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) confirmou que a área no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que era usada pela Viação Aérea de São Paulo (Vasp), está contaminada. A Cetesb solicitou à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) que faça um estudo detalhado para descobrir com exatidão os tipos de contaminantes presentes no solo.
“O terreno, que abrigava o hangar de manutenção de aeronaves e pintura, área de abastecimento de combustível para veículos com tanques subterrâneos e oficina de galvanoplastia, está contaminado por substâncias químicas, resultantes de todos os processos que ocorreram na área, incluindo o de manutenção de aeronaves, sistemas de coleta e tratamento de efluentes, tanques ou áreas de armazenagem de matérias-primas”, disse a Cetesb em nota.
Além de fazer um estudo detalhado, a Infraero terá de apresentar ainda um relatório de avaliação de riscos. Com base nos documentos, a Cetesb irá decidir qual será a melhor ação para a remediação dos poluentes e recuperação do local.
A Infraero informou, por meio da assessora de imprensa, que publicou, em 6 de julho, um edital para as empresas interessadas em fazer a avaliação de riscos ambientais no terreno, de 170 mil metros quadrados, onde funcionava o hangar da extinta Vasp.
De acordo com a estatal, no dia 1º de agosto foi aberta licitação pública para a tomada de preços e definição da empresa selecionada, com prazo de 90 dias. A ganhadora da licitação terá 15 meses ou 455 dias para dar o seu parecer.
Segundo a Infraero, há interesse em usar a área para a ampliação do aeroporto. No entanto, a estatal ressalta que Congonhas não está entre os terminais que serão ampliados visando à Copa do Mundo de 2014.
No local contaminado estavam estacionadas nove aviões da falida Vasp, que começaram, há um ano, a serem desmontados. O processo de desmonte está sendo concluído. As partes dos sete aviões Boeing 737-200 e dois Airbus A-300 foram vendidas como sucata em leilões. A Vasp teve a falência decretada em 2008, mas os aviões estavam parados há pelo menos três anos. O dinheiro obtido com o leilão foi destinado à massa falida da Vasp, ou seja, aos credores da companhia.