• 22 de agosto de 2012
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
  • 577

Cidades da América Latina têm índice mais alto de desigualdade do mundo

Relatório do Programa das Nações Unidas para oAssentamentos Humanos, ONU-Habitat, sugere que apesar dos desafios, Brasil conseguiu reduzir em mais que pela metade taxas de pobreza e indigências urbanas.


Um relatório das Nações Unidas revela que as cidades da América Latina continuam mantendo o nível mais alto de desigualdade do mundo.

A constatação é parte do documento "Estado das Cidades da América Latina e Caribe", lançado nesta terça-feira, no Rio de Janeiro.

Violência e Habitação

Segundo o relatório, a taxa de urbanização no Brasil e nos países do Cone Sul chegará a 90% até 2020. No México e nos países da região Andino-Equatorial, o número atual não passa de 85%. O número indica a quantidade de pessoas que estarão vivendo em centros urbanos.

O projeto é um estudo inédito e aprofundado dos meios urbanos latino-americanos e aborda temas como desigualdade social, violência e habitação.

O relatório foi apresentando pelo encarregado-sênior de Assentamentos Humanos do Escritório Regional do ONU-Habitat, Erik Vittrup.

Pobreza Urbana

Segundo ele, as cidades têm meios de reduzir a pobreza.

O dado mais preocupante é o fato de que ainda há cidades, e muitas cidades, que não estão combatendo o principal problema, que é a iniquidade e a pobreza urbana. E as cidades têm formas de reduzir esta situação. E sentimos e sabemos que as cidades têm as oportunidades para gerar a suficiente riqueza para, mais agressivamente e mais efetivamente, poder reduzir essa situação e todas as consequências que tem a pobreza".

Vittrup afirmou ainda que a desigualdade social, a pobreza e o desemprego registram queda no Brasil. A taxa da população urbana em situação de pobreza e indigência passou de 41% da população, em 1990, para 22% em 2009.

Mas segundo Vittrup, o dado mais preocupante do estudo é a falta de combate a injustiças. A distâncias entre ricos e pobres continua aumentando. O país com a maior disparidade sócio-econômica é a Guatemala, seguida por Honduras e Colômbia. Os três com melhores índices de riqueza e igualdade são Venezuela, Uruguai e Peru.

Empresas contempladas