Representante do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) participou no início de setembro em Manaus (AM) de encontro que reuniu prefeitos e especialistas para discutir novas visões de desenvolvimento e proteção da região amazônica no Brasil.
Na ocasião, oficial sênior do ONU-HABITAT na América Latina, Alain Grimard, ressaltou que governos locais, regionais e nacionais devem trabalhar juntos para uma visão comum da Amazônia urbana.
“Frequentemente, esta região é vista somente como um ecossistema natural. É preciso reconhecer que a Amazônia abriga centenas de municípios. Existem mais de 30 cidades com mais de 100 mil habitantes na Amazônia”, disse Grimard. “Todos os líderes e tomadores de decisão devem reconhecer esse fato e entender que as cidades são parte da solução dos desafios da Amazônia.”
O evento foi coorganizado por ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, Fundação Konrad Adenauer e Frente Nacional de Prefeitos (FNP). O primeiro Fórum de Cidades Amazônicas teve como objetivo promover a troca de experiências entre cidades amazônicas e fortalecer conexões com instituições e iniciativas relevantes.
O fórum discutiu temas como coordenação territorial e de liderança para enfrentar desafios atuais e de longo prazo específicos dos assentamentos humanos da Amazônia. Os participantes manifestaram necessidade de ampliar e consolidar a interação entre municípios da Amazônia e pediram apoio de parceiros internacionais.
O oficial sênior do ONU-HABITAT na América Latina, Alain Grimard, ressaltou que governos locais, regionais e nacionais devem trabalhar juntos para uma visão comum da Amazônia urbana.
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, disse que “a Amazônia é um ambiente natural e humano de enorme riqueza, que deve ser protegido e visto como um modelo para a relação harmônica entre diferentes povos com base no respeito à diversidade”.
O evento foi encerrado com a adoção de um manifesto, assinado por todas as cidades presentes, sobre os caminhos para o desenvolvimento sustentável na região amazônica, a fim de orientar o tema durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2019 (COP25), que ocorre em dezembro, no Chile.