• 12 de novembro de 2012
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Como empresas podem se proteger de desastres naturais

O furacão Sandy foi mais um teste da capacidade de continuidade dos negócios frente a um desastre.

Os últimos investimentos sofisticados da Goldman Sachs foram sacos de areia e geradores reserva. Conforme o furacão Sandy se aproximava de Nova York, os sacos foram empilhados em torno de sua sede. Tratou-se de um dos poucos escritórios do centro de Manhattan a permanecerem secos e bem iluminados durante a tempestade.

Enquanto isso, alguns blocos na direção de West Street, a sede da Verizon foi inundada por água salgada e de inundação, a qual encharcou cabos que levavam telefone e internet a milhões de consumidores. A empresa conseguiu redirecionar boa parte do tráfico de dados para outras partes de sua rede, mas o serviço local foi interrompido.

O Sandy é o mais recente evento catastrófico a testar a rapidez de reação a desastres das empresas líderes do mundo. A maioria das empresas aprimorou seus preparativos para “continuidade de operação” ao longo dos anos. O susto do bug do milênio na virada do milênio elevou o risco de tecnologia da informação para o topo da lista de preocupações. Os ataques de 11 de setembro de 2001 alertaram as empresas dos perigos de colocar todos os seus computadores (e pessoal) no mesmo lugar.

No ano passado, o maremoto japonês [a] relembrou a muitas empresas que passar a usar fabricantes “just in time” através da cadeia de fornecimento global, particularmente quando há terceirização, pode trazer novos riscos. As montadoras americanas se viram em uma situação em que não tinham como obter peças essenciais produzidas no Japão. Enchentes na Tailândia no mesmo ano surpreenderam muitos compradores de discos rígidos, os quais se deram conta de que uma grande proporção da oferta global vem de uma área bastante pequena próxima a Bangcoc .

Uma pesquisa publicada em 7 de novembro pela DHL, uma empresa de logística, afirmou que 23% das grandes empresas não incluem toda a sua cadeia de fornecimento em seu plano de continuidade de operações. Caso a administração de risco de desastres só vá até as fronteiras da empresa e não incluam, digamos, fornecedores mais distantes, tal esforço pode ser em vão.

Cada novo desastre tende a surpreender empresas que pensavam que contavam com bons planos. No fim, a execução regular de simulações de desastres é uma ideia das mais razoáveis praticada muito raramente.

* Publicado originalmente na The Economist e retirado do site Opinião e Notícia.
(Opinião e Notícia)

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