• 09 de dezembro de 2011
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Cresce o número de jubartes na costa brasileira

Localidade mapeada, de Sergipe ao Rio de Janeiro, corresponde a praticamente toda a área de ocorrência sistemática da espécie no Brasil.


Frequentadoras assíduas do litoral brasileiro, entre os meses de julho a novembro, as baleias jubartes vem sendo monitoradas por pesquisadores que utilizam um avião bimotor sobrevoando a costa brasileira, de Sergipe ao Rio de Janeiro. A ação, em uma área tão extensa, representa um dos maiores levantamentos aéreos de cetáceos no mundo. O trabalho desenvolvido pelo Projeto Baleia Jubarte, do Instituto Baleia Jubarte, conta com a cooperação técnica do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (CMA/ICMBio).

O objetivo da iniciativa é produzir um censo aéreo e avaliar se a população de baleias jubartes brasileiras – são sete populações somente no hemisfério sul – se recuperou após o período de caça comercial, que reduziu a população de mais de 300 mil animais a menos de 15 mil (5% desse total). Os dados preliminares constatam que, desde o início do mapeamento aéreo em 2001, o crescimento da população de baleias vem aumentando de um ano para outro e que a área com maior concentração de jubartes no país é o banco de corais de Abrolhos, no litoral baiano. O Parque Nacional Marinho de Abrolhos protege parte do banco.

Levantamento - A localidade mapeada corresponde a praticamente toda a área de ocorrência sistemática da espécie no Brasil. Por meio do estudo também será possível levantar o modo e o ritmo em que as baleias estão repovoando as águas brasileiras, o número de animais, os locais de concentração de fêmeas com filhotes, a interação da população de baleias com possíveis ameaças de origem antrópica (produzida pelo homem) como, por exemplo, as frotas pesqueiras, rotas de embarcações comerciais e plataformas de petróleo e, por fim, os locais em que o s esforços de conservação precisam ser intensificados.

A análise de dados para estimar a população atual e sua distribuição encontra-se na fase final. De acordo com o Instituto Baleia Jubarte, o primeiro voo no país foi realizado em 2001 e durante os quatro anos seguintes o litoral dos estados da Bahia e do Espírito Santo foram mapeados. Em 2005 a área foi ampliada atingindo desde o Rio Grande do Norte até o litoral de São Paulo.

Com os primeiros resultados obtidos foi possível aumentar o intervalo de amostragens. A equipe envolvida começou a realizar o estudo a cada três anos (2008-2011) e foram traçadas linhas ao longo da costa marinha. As linhas percorridas de avião contaram com três pesquisadores. Dois observadores foram posicionados, um de cada lado da aeronave, para contabilizar os grupos de baleia avistados e medir o ângulo que estes grupos estavam em relação a aeronave. Um terceiro pesquisador anotava as informações e a posição onde os animais foram vistos.

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