• 12 de novembro de 2012
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Desenvolvimento sustentável é feito ouvindo a população, afirma Izabela Teixeira

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse, nessa quinta-feira (08), em Brasília, durante a 15 ª Conferência Internacional Anticorrupção, que é preciso fazer o desenvolvimento sustentável ouvindo a população. “Acredito que, nas sociedades democráticas, quem faz as transformações é o seu povo”, enfatizou. Ela ressaltou o fato de que a sociedade civil participou apenas de eventos paralelos há 20 anos durante o Rio-92, primeira reunião de grande porte realizada no país sobre questões ambientais. Na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em julho passado, acrescentou, seus representantes fizeram parte das mesas de negociações principais.

O papel da sociedade civil no desenvolvimento sustentável, para ela, foi reorientado em função dos seus próprios interesses e do que esperam dos tomadores de decisão. A exigência de transparência, democracia e controle social nas decisões “passou a ser demanda da própria sociedade”, disse. O Ministério do Meio Ambiente tem agenda conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU) para garantir que as políticas ambientais governamentais atendam a esses pressupostos.

Pobreza

Segundo a ministra, o ponto de partida para essa nova forma de pensar crescimento econômico com inclusão social e preservação ambiental foi justamente o sinal balizador da Rio+20. Houve, analisou, uma mudança de base nos fundamentos do desenvolvimento sustentável. “Além dos pilares social, econômico e ambiental, foi incluída a questão do crescimento verde e da erradicação da pobreza”, salientou. Para ela, o debate em torno das mudanças climáticas e do meio ambiente deve incluir segurança hídrica, produção de alimentos, segurança energética com uma visão de desenvolvimento sustentável inclusivo.

A elaboração das novas metas de desenvolvimento sustentável, por uma comissão formada por representantes de 22 nações escolhidas pela ONU, incluindo o Brasil, devem sair em 2015 e valem para os 20 anos seguintes. “É um desafio com foco político e com estratégia voltada para uma nova governança pública e privada. A participação do setor empresarial é essencial”, afirmou. A 15. Conferência Internacional Anticorrupção acontece até dia 10, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, com participação de representantes de governos e sociedade civil de 130 países.

* Publicado originalmente no site EcoD.

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