Dia Mundial da Vida Selvagem celebra Década de Restauração do Ecossistema
Em mensagem, secretário-geral da ONU diz que danificar o mundo natural é ameaçar a própria existência; ações para proteção de espécies devem estar alinhadas com recuperação de ecossistemas inteiros; mundo destruiu quase metade desses recursos naturais.
Este 3 de março é o Dia Mundial da Vida Selvagem. Todos os anos, a data é marcada com uma mensagem do chefe das Nações Unidas, António Guterres, sobre a “obrigação moral” de se preservar a Terra, de onde são extraídos os produtos essenciais para a sobrevivência humana.
Guterres citou alimentos, água, o estoque de carbono e o controle da poluição como alguns desses mecanismos vitais e lembrou que os danos ao mundo natural ameaçam, no fundo, a existência e o bem-estar de todos os indivíduos.
Cifor/Ulet Ifansasti
Impactos na biodiversidade tem afetado milhões de pessoas, principalmente as mais vulneráveis.
Perigo O secretário-geral ressaltou que a vida selvagem está em perigo. Um quarto das espécies no mundo enfrentam a extinção, em grande parte porque os seres humanos destruíram quase metade de todos os ecossistemas nos quais vivem. Guterres pediu a reversão imediata desse quadro.
Este ano, o Dia Mundial da Vida Selvagem destaca a importância da Década da ONU sobre Restauração do Ecossistema, que vai de 2021 a 2030.
O chefe das Nações Unidas lembra que os ecossistemas somente podem ser considerados saudáveis quando seus componentes florescem. Um elemento chave pode levar ao declínio e desaparecimento de todo o ecossistema. Por isso, as ações para proteger as espécies individuais devem estar alinhadas com a restauração dos ecossistemas.
ONU Dia Mundial dos Oceanos/Grant Thomas
Segundo as Nações Unidas, mais de 3 bilhões de pessoas dependem da biodiversidade marinha e costeira para sua subsistência
Impactos econômicos e ambientais Guterres pediu um compromisso renovado de todos para preservar esses recursos naturais neste Dia Mundial da Vida Selvagem.
Uma outra preocupação da ONU é com os crimes praticados contra a fauna e a flora em várias partes do mundo. A redução das espécies, por mãos humanas, tem impactos econômicos, ambientais e sociais.
Mais de 8,4 mil espécies da fauna e flora silvestres estão criticamente arriscadas e quase 30 mil são classificadas sob risco ou vulnerabilidade. Ao todo, mais de 1 milhão de espécies estão ameaçadas de extinção.
Além disso, o mundo está enfrentando níveis jamais vistos de ameaças, que são um risco real à biodiversidade, aos ecossistemas e à saúde humana. Além de um número de doenças emergentes que surgem de produtos animais, tanto domésticos como silvestres.