Data celebrada neste 31 de outubro coincide com abertura da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática; líder da ONU-Habitat afirma que mais de 1 bilhão de pessoas vivem em moradias informais mais expostas à ação do clima.
No dia 31 de outubro, as Nações Unidas celebram o dia Mundial das Cidades. A data promove o interesse da comunidade internacional na urbanização global e, neste ano, dá foco aos impactos das mudanças climáticas nos centros urbanos.
Com o tema “Adaptando Cidades para Resiliência ao Clima”, a ONU lembra que o impacto das alterações do clima aumenta a necessidade da criação de áreas urbanas mais sustentáveis e que busquem atender questões como pobreza e necessidades básicas de moradia.
Unsplash/chuttersnap Cidades sustentáveis ajudam na batalha contra as mudanças climáticas
Efeitos climáticos
Em celebração a data, o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, ONU-Habitat, debate soluções na construção de cidades resilientes em eventos em formato híbrido reunindo governos, agências da ONU, setor privado e sociedade civil.Um dos principais encontros terá a parceria do governo egípcio e será transmitida ao vivo para as celebrações do dia na Expo Dubai 2020. De acordo com a Diretora executiva do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, Maimunah Mohd Sharif, existem mais de 1 bilhão de pessoas vivendo em assentamentos informais em cidades e comunidades pelo mundo. Ela adicionou que 70% delas são vulneráveis às mudanças climáticas.
Unsplash/Claudio Schwarz Recentemente, inundações afetaram cidades em toda a Europa, incluindo Zurique, na Suíça.
COP26
A representante da ONU lembrou que as comemorações deste ano acontecem ao mesmo tempo que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP26. Assim, ela acredita que os países estão alertas aos impactos do clima e irão honrar os objetivos para conter o aquecimento global.Maimunah Mohd Sharif lembrou que ainda com o corte de grandes emissões, o mundo deve estar preparado para lidar com a subida de temperatura nos próximos anos.Por fim, ela reforçou que globalmente, mais de 880 milhões de pessoas vivem em assentamentos informais, muitas vezes em locais precários superlotados com pouco ou nenhum acesso a serviços básicos. Segundo a diretora da ONU-Habitat, são estas pessoas que vão “suportar o impacto da crise climática, embora suas emissões de estejam entre as menores”.