Secretário-geral da ONU esteve na Suécia de 2 a 3 de junho para a Conferência Stockholm+50, que reuniu líderes de todo o mundo para debater sobre os desafios ambientais e climáticos.
Catástrofe climática
Ele adiciona que “um planeta saudável é a espinha dorsal de quase todos os setores da Terra”.
Além da responsabilidade dos governos, Guterres afirmou que também é responsabilidade de todos impedir uma catástrofe climática. Segundo ele, todos devem estar atentos as políticas que apoiam, aos alimentos que comem, ao transporte que escolhem, e às empresas que apoiam.
De acordo com Guterres, todos podem fazer “escolhas ecologicamente corretas que se somarão à mudança de que precisamos”.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=0a9he-NtNIM
Agora ou nunca
Também em mensagem para a data, a diretora executiva do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, afirma que a hora de agir pelo planeta “é agora, ou nunca”.
Inger Andersen adiciona que “somos um povo e temos uma só Terra” e destaca que vale a pena defender nossa casa.
Ela lembrou que a data existe há 50 anos e foi criada do entendimento que é necessário entrar em ação para proteger os recursos naturais.
Para Inger Andersen, o cenário atual exige que todos se esforcem em fazer a diferença para salvar o meio ambiente, desde os governantes até cada indivíduo.
Alertas sobre Direitos Humanos
O relator especial* da ONU sobre direitos humanos e meio ambiente, David R. Boyd, alertou que a devastação ambiental causada por conflitos no mundo está impactando os direitos humanos, incluindo o direito de viver em um ambiente limpo, saudável e sustentável.
O especialista explica que a paz é um pré-requisito fundamental para o desenvolvimento sustentável e o pleno gozo dos direitos humanos, incluindo o direito a um ambiente limpo, saudável e sustentável.
Citando o exemplo da Ucrânia, Boyd adiciona que a invasão russa continua a fazer muitas vítimas, matando e ferindo milhares de civis e causando graves violações dos direitos humanos.
Tripla crise ambiental
Além disso, também está consumindo grandes quantidades de energia, produzindo enormes emissões de gases de efeito estufa que perturbam o clima, gerando poluição tóxica do ar, da água e do solo e destruindo a natureza.
O relator adiciona que o uso pesado de energia resultante da guerra exacerba a crise climática, tanto por meio de emissões diretas de gases de efeito estufa provenientes de atividades militares quanto por efeitos indiretos em nível global.
Para Boyd, acabar com guerras e garantir a paz para superar a tripla crise ambiental e acelerar o progresso para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de 2030 é uma obrigação.
*Os relatores de direitos humanos são independentes das Nações Unidas e não recebem salário pelo seu trabalho.