• 06 de fevereiro de 2017
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Do desenvolvimento à implantação

 



Os mecanismos de redução de emissões por desmatamento e degradação (REDD+) conquistaram um importante espaço na discussão internacional sobre mudanças climáticas. A crescente importância do REDD+ vem colaborando no combate ao desmatamento e incrementando a participação da sociedade nas ações relacionadas à floresta, tanto na esfera governamental federal e estadual, quanto na de projetos privados. Entretanto, ainda não se estabeleceram plenamente os mecanismos de governança necessários a promover reduções efetivas de desmatamento, benefícios à conservação da biodiversidade, benefícios sociais e respeito aos direitos de povos indígenas, dos agricultores familiares e das comunidades tradicionais. Isso implica em situação de risco, já que tanto os projetos de carbono como os programas governamentais podem gerar impactos indesejáveis a esses grupos sociais e à biodiversidade, ou mesmo não resultar em reduções efetivas das taxas de desmatamento.



Nesse contexto, o Workshop REDD+ Amazônia – Do desenvolvimento à implantação pretende levar novos conhecimentos e experiências a um público formado por desenvolvedores de projetos de carbono, financiadores e investidores, representantes do governo, prestadores de serviços do setor florestal e de empreendimentos de manejo florestal, proprietários de florestas, professores universitários, brokers e retailers, profissionais envolvidos em padrões de validação, verificação do mercado voluntário e organismos de certificação, além de estudantes das áreas ambiental e florestal. “Nossa intenção é promover os mecanismos de conservação das florestas por meio de boas práticas no desenvolvimento de projetos de carbono e transferência de tecnologia. E mais: compor uma extensa rede de atores que ampliem suas próprias conexões no âmbito profissional. Aproximando essas pessoas será possível criar um eixo central para incentivar o debate”, acredita o coordenador de Clima e Serviços Ambientais do Imaflora, Bruno Brazil, um dos organizadores do workshop.



A programação do workshop traz conteúdos relacionados às causas das mudanças climáticas e suas consequências sobre as florestas e o planeta; o funcionamento do mercado de carbono e o pagamento por serviços ambientais; noções de adicionalidade; estudos fundamentais de inventários florestais e sensoriamento remoto; elaboração de projetos de REDD+ e sua implementação.



Para Francisco Higuchi, um dos facilitadores do workshop e diretor técnico da Hdom Engenharia e Projetos Ambientais, os projetos de REDD+ transformaram-se em uma alternativa para ganhar dinheiro fazendo pouco, o que tem prejudicado o mercado de carbono, porque afasta a confiança dos investidores. “O manejo florestal para projetos de carbono deve ser uma tomada de decisão com base em informações fundamentadas, auditáveis, replicáveis e com a rastreabilidade mais precisa possível. Para isto são necessários estudos com muita qualidade de mensuração de carbono. Só assim se conquista a credibilidade do mercado. É o que queremos mostrar durante o curso”, esclarece Higuchi.



Atualmente existem muitos acordos internacionais em que os países signatários se comprometem voluntariamente a promover ações de mitigação de carbono. O Brasil é um deles. O workshop quer contribuir também na formação de um grupo que, de certa forma, ajudará o governo brasileiro a cumprir os compromissos assumidos no acordo firmado em Paris durante a 21ª Conferência do Clima, a COP 21. “A importância do workshop está em mostrar a realidade de como é um projeto de REDD+. Trata-se de um processo complexo, envolve muitas equipes, demanda muita disciplina e tempo. A proposta é desmistificar todas essas questões, conscientizando os participantes e alinhando o discurso sobre o tema”, resume o coordenador do Imaflora, Bruno Brazil.



Workshop REDD+ Amazônia – Do desenvolvimento à implantação



Encontre as principais referências do Brasil em projetos de carbono. 



Quando – de 13 a 17 de março de 2017



Onde – Sede da Estação Experimental de Silvicultura Tropical do Inpa, em Manaus.



Carga horária – 57 horas



Vagas disponíveis – 20 vagas



Investimento – R$ 2.800,00



Informações e inscrições – www.imaflora.org | (19) 3429-0815 | imaflora@imaflora.org



Sobre o IMAFLORA:



O Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) é uma organização brasileira, sem fins lucrativos, que trabalha desde 1995 para promover a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, gerar benefícios sociais e reduzir os efeitos das mudanças climáticas. Saiba mais em www.imaflora.org



Sobre a HDOM:



A Hdom Consultoria Ambiental é uma empresa que presta serviços técnicos para instituições e indivíduos que desejam promover a sustentabilidade ambiental, especialmente em áreas relacionadas com florestas tropicais. Saiba mais em: http://www.hdom.com.br/



 


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