• 23 de novembro de 2011
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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EPA adia regras para emissões de refinarias de petróleo

Nesta segunda-feira, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos afirmou que vai atrasar a apresentação da nova regulamentação para a redução das emissões de gases do efeito estufa (GEEs) das refinarias petrolíferas norte-americanas.

Segundo uma porta-voz da agência, “a EPA deve precisar de mais tempo para completar o trabalho de padrões de poluição de gases do efeito estufa para refinarias de petróleo, e está trabalhando com [os estados e grupos ambientais] para desenvolver um novo cronograma”.

Esperava-se que a agência apresentasse um plano de como regular as emissões de dióxido de carbono na metade de dezembro deste ano, e que as regras fossem concluídas até o final de 2012.

Até o momento, no entanto, a EPA ainda não detalhou como planeja diminuir as emissões da indústria, o que provavelmente levou ao adiamento da decisão. “Como eles vão regular os gases do efeito estufa, eles não estão dividindo isso conosco”, garantiu uma fonte do setor.

A nova regulamentação tem causado discussões entre a indústria petrolífera e os grupos ambientalistas, sobretudo após os primeiros terem afirmado que seria mais difícil mitigar as emissões do setor do que da indústria energética, já que esta poderia reduzir suas emissões através da utilização de outras fontes de energia como as renováveis, a nuclear e o gás natural, enquanto o setor petrolífero já opera em sua maioria com gás e teria problemas para reduzir suas emissões a um custo razoável.

Entretanto, os grupos ambientalistas alegam que as refinarias poderiam diminuir suas emissões através da substituição de caldeiras ineficientes, da instalação de válvulas mais eficazes para controlar os vazamentos de metano e da utilização de resíduos para gerar energia.

A demora do governo em tomar uma decisão, além de gerar protestos de ambos os lados, preocupa analistas, que alertam que se a nova regulamentação não for apresentada logo, o país corre o risco de não conseguir atingir sua meta de redução de emissões para 2020 de 17% em relação aos níveis de 2005.

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