• 27 de janeiro de 2020
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Em Davos, secretário-geral da ONU insta grandes emissores a agir pelo clima

O mundo está “condenado” diante das mudanças climáticas, a menos que os principais países industrializados reduzam suas emissões de gases de efeito estufa, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, a líderes empresariais no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta quinta-feira (23).



O chefe da ONU observou que, enquanto muitos países em desenvolvimento e a União Europeia se comprometeram a alcançar a neutralidade do carbono até 2050, “os grandes emissores” ainda precisam agir.



O mundo está “condenado” diante das mudanças climáticas, a menos que os principais países industrializados reduzam suas emissões de gases de efeito estufa, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, a líderes empresariais no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta quinta-feira (23).



O chefe da ONU observou que, enquanto muitos países em desenvolvimento e a União Europeia se comprometeram a alcançar a neutralidade do carbono até 2050, “os grandes emissores” ainda precisam agir.



Se os grandes emissores não concordarem com o princípio de alcançar a neutralidade do carbono até 2050, “estaremos condenados porque eles representam uma parcela muito importante”, disse o chefe da ONU.



“O G20 representa 80% das emissões que contribuem para a mudança climática.”



Ação governamental

Guterres disse que os governos podem tomar medidas para ajudar a mover o mundo em direção a um futuro mais verde, como cortar subsídios para combustíveis fósseis.



“Como contribuinte, não posso realmente aceitar a ideia de que meus impostos sejam usados ??para aumentar furacões, branquear corais ou derreter geleiras”, afirmou.



Para o secretário-geral da ONU, a mudança climática é a questão definidora de nosso tempo, representando uma “ameaça existencial” para todo o planeta e ameaçando o desenvolvimento.



Guterres disse estar encorajado pelo compromisso do setor privado com o meio ambiente, como evidenciado pelo aumento do número de instituições financeiras e gestores de ativos que tornaram a neutralidade de carbono uma prioridade em seus investimentos.



Necessidade de decisões transformadoras

Da mesma forma, cidades, eleitores e jovens têm se mobilizado para a ação.



“Espero que seja possível mobilizar tanto o setor privado como as autoridades públicas para tomar decisões transformadoras na maneira como produzimos nossos alimentos, alimentamos nossa economia, nos movemos, apoiamos a indústria e planejamos nossas cidades — as mudanças transformadoras que são necessárias para atingirmos os objetivos que a comunidade científica nos diz serem absolutamente essenciais”, afirmou.


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