• 17 de março de 2017
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
  • 752

Encontro discute combate ao desmatamento

Áreas protegidas, manejo florestal e fiscalização estiveram na pauta da reunião sobre novas fases dos planos de ação Amazônia e Cerrado.



DA REDAÇÃO



Representantes de 23 órgãos e entidades federais se reuniram nesta quinta-feira (16/03), em Brasília, para debater ações prioritárias de combate ao desmatamento na Amazônia e no Cerrado. O objetivo da reunião, que também contou com um representante do Fórum dos Secretários de Meio Ambiente dos estados da Amazônia Legal, foi debater as novas fases dos Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), que está na sua 4ª fase, e do Cerrado (PPCerrado), na 3ª fase. 



Acesse fotos do encontro



Durante o evento foram apresentados os dados já divulgados sobre o desmatamento nesses biomas e discutidas ações prioritárias de enfrentamento.



Segundo a diretora de Políticas em Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, Thelma Krug, a criação de áreas protegidas é, sem dúvida, uma das medidas mais importantes para conter o avanço do desmatamento. “No entanto essas áreas têm de ser definidas a partir de uma abordagem territorial, que considere interesses da agropecuária, biodiversidade, manejo florestal e da contenção do desmatamento, entre outros”, pondera.



João Campari, assessor especial do ministro da Agricultura, que também esteve presente ao evento, concorda com Krug. Para ele, as políticas públicas devem ter ‘inteligência territorial’. 



IDENTIFICANDO APTIDÕES



Estudos recentes conseguem identificar a propensão de cada área para que se conjugue produção com proteção, tal como mostra o trabalho apresentado, durante o evento, pelo pesquisador Arnaldo Carneiro, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.



Segundo ele, é possível identificar, previamente, num determinado território, as áreas com propensão para a conservação e as que podem ser convertidas para a agropecuária, com baixo dano ambiental. “Assim é possível unir esforços entre a expansão da produção com a preservação da paisagem natural”, conclui. 



CÂMARAS TÉCNICAS



No encerramento do encontro, foram criadas três câmaras técnicas para priorizar as ações do comitê. A primeira destinada à expansão de áreas protegidas no Cerrado e na Amazônia. A segunda, voltada ao manejo e controle florestal; e a terceira, para a fiscalização. 



A Comissão Executiva Unificada foi criada para garantir a continuidade dos novos planos de ação da Amazônia e do Cerrado (PPCDAm e PPCerrado), atualizados em 2016. A instância é responsável por monitorar, acompanhar e propor medidas para superar eventuais dificuldades na implantação dos planos. Além de membros do Ministério e dos órgãos vinculados, a instância reúne representantes de 23 ministério órgãos e entidades federais.


Empresas contempladas