• 29 de agosto de 2017
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Entenda porque a liberação da reserva amazônica não é boa para o ambiente nem para a economia

Listamos cinco motivos para ilustrar o que essa liberação pode causar ao Brasil



Direitos dos povos indígenas

De acordo com Maria Fernanda Ribeiro, em artigo publicado na página do Estadão, a liberação da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), localizada entre os estados do Amapá e Pará, representará retrocessos aos direitos dos povos indígenas que habitam por lá. Diversas irregularidades foram encontradas na Terra Indígena Kayapó, como o garimpo ilegal de ouro, que degrada o solo e o deixa praticamente irrecuperável. Além disso, garimpeiros foram encontrados acampados no território enquanto faziam realizavam as atividades.



Florestas protegidas

Segundo matéria publicada no site DW, a abertura da reserva causa muita preocupação aos ambientalistas, pois a região engloba, além de reservas indígenas, florestas protegidas. O decreto que Temer assinou, porém, aponta que a medida não irá desconsiderar nenhuma norma de preservação ambiental, mesmo não tendo dado detalhes de como será a entrada dos mineradores na região.



Impactos causados pela mineração

Enquanto entidades ambientais protestam veementemente a liberação da reserva amazônica, o setor de mineração comemora. Porém, não estão levando em consideração todos os impactos que a mineração pode causar. Maria Fernanda Ribeiro aponta que tais impactos são “uma tragédia anunciada” por conta do uso desmedido de mercúrio, por exemplo, o que pode causar rastros ambientais gravíssimos.



O governo se interessa mais pelo enriquecimento do que pela preservação da biodiversidade brasileira

Maria Fernanda Ribeiro diz que “o Brasil, que é reconhecido mundialmente como o mais rico em biodiversidade está prestes a entrar para os anais como a nação que se autodestruiu em troca de interesses privados de enriquecimento a custo de grilagem de terras públicas”.



5)    Benefícios econômicos apenas em curto prazo



Por fim, áreas protegidas pela reserva estão prestes a serem acessadas por atividades como o garimpo e a grilagem, que, apesar de trazer lucros consideráveis a curto prazo, são empreendimentos fadados a acabar em cerca de alguns anos, deixando para trás somente uma terra irreversivelmente devastada, alguns poucos homens mais ricos e opatrimônio natural do planeta ainda menor.


Empresas contempladas