3ª Conferência dos Oceanos continua nesta terça-feira (10) em Nice, na França, reunindo líderes e especialistas para debater financiamento climático, preservação marinha e o combate à poluição nos mares. O evento, apoiado pelas Nações Unidas, tem como base o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 (ODS 14), que trata da vida na água.
Na abertura da conferência, o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, destacou o compromisso do país com os oceanos, lembrando que mais de 97% do território português é marítimo. Para ele, os mares são parte vital da identidade nacional e devem ser tratados com responsabilidade e visão de futuro.
“Instituímos uma moratória à mineração em mar profundo até 2050. Para evitar os erros do passado, é preciso mais ciência, mais conhecimento, mais segurança antes de avançar”, declarou Montenegro.
Compromissos internacionais
Portugal também reiterou apoio à criação de um instrumento legal contra a poluição plástica até 2040, além de pressionar pela entrada em vigor do Tratado de Biodiversidade Marinha (BBNJ), aprovado em 2023 e que cobre quase dois terços dos oceanos em áreas além da jurisdição nacional.
Montenegro ressaltou a importância da COP30, marcada para novembro de 2025 em Belém do Pará, no Brasil, como palco estratégico para fortalecer o vínculo entre oceano, clima e biodiversidade.
Temas em destaque
Além da poluição e da mineração, a conferência também discute:
Pesca sustentável
Áreas marinhas protegidas
Descarbonização do transporte marítimo
Portugal tem se posicionado como protagonista nesses debates. Em 2022, foi sede da 1ª edição da Conferência dos Oceanos, em Lisboa, ao lado do Quênia, consolidando seu papel diplomático e ambiental na governança oceânica global.
Por Amanda Carolina Tostes