Estudantes nas margens do oceano enquanto aguardam para receber o veleiro de plástico Flipfloppi que fez várias paradas na costa do Quênia
Ação
Por isso, os criadores do primeiro veleiro do mundo feito de resíduos de plástico e chinelos coletados em praias e cidades da costa queniana, o Flipflopi, vão realizar uma expedição de duas semanas para mapear o impacto do lixo marinho no arquipélago de Lamu, no Quênia. Ao avaliar o alcance dos resíduos na região, eles querem apoiar as comunidades com soluções e sistemas de reciclagem. A sugestão é criar uma indústria de construção de barcos de plástico. A pesquisa também será usada para entender os tipos comuns de resíduos plásticos que se acumulam no litoral e mapear áreas de acúmulo do produto. O objetivo é fornecer uma visão completa dos tipos mais comuns de resíduos plásticos, suas fontes e como eles impactam os ecossistemas marinhos do arquipélago localizado no Oceano Índico Ocidental.
Expedição
Durante a expedição, a equipe Flipflopi e seus parceiros vão conduzir pesquisas para mapear a extensão dos resíduos no oceano e nas costas de cerca de 300 km da costa queniana. De acordo com o Pnuma, em muitas partes do mundo, particularmente em países de baixa e média rendas, ainda há dados limitados sobre o acúmulo de plástico. A entidade afirma que a região do Oceano Índico Ocidental, apesar de abrigar alguns dos países com menor emissão de plástico, é um dos locais mais afetados pelos resíduos. Apenas em 2018, os impactos da poluição plástica no turismo, pesca e aquicultura com outros custos, como os de limpeza, foram estimados entre US$ 6 bilhões e US$ 19 bilhões, em todo o mundo. A primeira expedição do Flipflopi, em 2019, navegou 500 km de Lamu para Zanzibar, na Tanzânia, como parte da iniciativa Mares Limpos do Pnuma, criando conscientização internacional sobre o impacto da poluição plástica e atuando para mudar comportamentos sobre resíduos plásticos.