Além da Sala de Situação, que monitora e coordena operações em nível nacional, foi lançada campanha para envolver a sociedade na prevenção às queimadas.
O governo brasileiro está mobilizado para prevenir e combater incêndios florestais. O período mais crítico de queimadas ocorre agora, principalmente no Sudeste, Centro-Oeste, Norte e parte do interior do Nordeste, quando a seca atinge os níveis mais altos. Esse quadro costuma permanecer até outubro.
No início do mês, o governo instalou o Centro Integrado Multiagências de Cooperação Operacional (Ciman), formado por órgãos de vários ministérios, que mantém Sala de Situação com reuniões diárias (uma presencial todas as semanas e as demais remotamente) para acompanhar a situação em todo o país. O Ciman funcionará ininterruptamente até o final da temporada de seca.
Junto a isso, o governo lançou campanha de utilidade, que tem como slogan “Saiba lidar com o fogo para não lidar com as consequências”. A campanha busca alertar a população sobre os riscos de incêndio e orientar sobre a conduta responsável nesse período de seca.
Um dos instrumentos da campanha é o hotsite no qual as pessoas podem obter informações atualizadas sobre a legislação que regulamenta as queimadas e sobre como se tornar voluntário no apoio às brigadas anti-incêndio, como evitar ações que possam redundar em fogo e como fazer denúncias de incêndios criminosos, principalmente em unidades de conservação.
As pessoas podem ainda acompanhar o monitoramento em tempo real das queimadas no país que é feito pelos satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e ter conhecimento sobre quais municípios estão em situação de alerta em função de incêndios florestais, de acordo com os dados do Ciman.
Além do hotsite, a campanha consta de filme, spot, peças de internet e painéis rodoviários que serão veiculados nos estados que sofrem com a seca e estão mais expostos ao problemas das queimadas.
Saiba mais sobre o Ciman
O Ciman tem o objetivo de compartilhar informações sobre as operações em andamento, buscar soluções conjuntas, disponibilizar informações à sociedade e estabelecer um comando unificado entre as instituições federais que podem contribuir para evitar, combater e reduzir os danos dos incêndios florestais ou investigar as suas causas.
Coordenador pelo Ibama/Prevfogo, o Cimam conta com representantes da Funai, Secretaria Nacional de Segurança Pública, PF, PRF, Exército, Marinha e Aeronáutica, Secretaria de Portos e Aviação Civil, Dnit, Anac, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Secretaria Nacional de Defesa Civil e Incra.
A ideia é que o Centro Integrado atue apenas nos incêndios de grandes proporções, os chamados incêndios de nível 3, deixando os de menor dimensão (níveis 1 e 2) para os órgãos ambientais federais (Ibama e ICMBio) e estaduais, juntamente com os corpos de bombeiros.
No caso de alerta de incêndio de alta gravidade, o Ciman mobilizará todos os órgãos envolvidos na área operacional e todos os equipamentos disponíveis para o combate ao fogo, como aviões air tractor (que lançam água sobre as chamas), carros e equipes de brigadistas, além dos bombeiros locais. Atualmente, Ibama e ICMBio dispõem, juntos, de cerca de 3 mil homens treinados para conter as queimadas.