• 01 de março de 2021
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Guterres diz que novo relatório da ONU é “alerta vermelho” para o planeta

O relatório da ?Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCC), publicado nesta sexta-feira (26), mostrou que, sem um aumento das ambições para resolver a emergência do clima, o mundo não irá atingir metas do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura global em 1,5°C até o final do século.

Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, “2021 é o ano do tudo ou nada para enfrentar a emergência climática”. Segundo ele, “a ciência é clara” e o novo relatório deve servir como “um alerta vermelho para o planeta”. 



Aumento de temperatura deve levar a secas mais frequentes, como esta no Zimbabué.


Aumento de temperatura deve levar a secas mais frequentes, como esta no Zimbabué.




O relatório da ?Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCC) mostrou que, sem um aumento das ambições para resolver a emergência do clima, o mundo não irá atingir metas do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura global em 1,5°C até o final do século.



Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, “2021 é o ano do tudo ou nada para enfrentar a emergência climática”. Segundo ele, “a ciência é clara” e o novo relatório deve servir como “um alerta vermelho para o planeta”. 



Nações de todo o mundo devem redobrar seus esforços e apresentar planos de ação climática mais fortes para cumprir o Acordo de Paris. A meta é limitar o aumento da temperatura global em 1,5° C até o final deste século. Esta é a conclusão do relatório Síntese Preliminar das Contribuições Determinadas Nacionalmente da UNFCC (NDC, na sigla em inglês), publicado nesta sexta-feira (26). 



O estudo foi solicitado pelas partes do Acordo de Paris para medir o progresso dos planos nacionais de ação climática, conhecidos como Contribuições Nacionalmente Determinadas antes da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, COP-26, marcada para novembro, em Glasgow, na Escócia.



Embora a maioria das nações tenha aumentado seus objetivos, o impacto conjunto só deve reduzir em apenas 1% até 2030, em comparação aos níveis de 2010.  



Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), para atingir a meta de temperatura de 1.5° C, as emissões teriam que cair em cerca de 45%. 



Ambição 

António Guterres disse que “os maiores emissores devem avançar com reduções muito mais ambiciosas para 2030”. Segundo ele, a hora é agora. 



O secretário-geral informou que a coligação mundial comprometida com emissões zero até 2050 está crescendo entre os governos, as empresas, os investidores, as cidades, as regiões e a sociedade civil.



Para Guterres, “o plano de recuperação da COVID-19 oferece a oportunidade para uma recuperação mais verde e mais limpa. Os decisores devem agir. Os compromissos de longo prazo devem ser combinados com ações imediatas para lançar a década de transformação que as pessoas e o planeta precisam tão desesperadamente”.



Relatório

O relatório mostra que 75 países entregaram novas contribuições, representando cerca de 30% das emissões globais de gases de efeito estufa, até o fim das inscrições em dezembro passado. 



Em comunicado, a secretária-executiva da Conferência da ONU para Mudanças Climáticas (UNFCC), Patricia Espinosa, disse que o relatório mostra que “os níveis atuais de ambição climática estão muito longe do caminho para cumprir as metas do Acordo de Paris”. 



Mas ela destaca uma mudança política recente sobre uma ação climática mais forte, e diz que a COP-26 deve ser “o momento para se adentrar um mundo verde, limpo, saudável e próspero”. 



A secretária-executiva da UNFCC explicou que o relatório não oferece uma imagem completa, devido aos desafios criados pela COVID-19. Mas antes da COP-26 será produzido um segundo relatório. E todos os países devem submeter suas contribuições o mais rapidamente possível. Ela afirmou que este ano traz uma “oportunidade sem precedentes” para o progresso nessa área, e exortou todas as nações a criar economias mais sustentáveis ??e resilientes ao clima depois da pandemia. 



Já o presidente da COP-26, Alok Sharma, do Reino Unido, acredita que o "relatório deve servir como uma chamada à ação urgente”. Para ele, a comunidade internacional deve “reconhecer que a janela de ação para salvaguardar o planeta está se fechando rapidamente”.?



Lembre aqui da mensagem da jovem brasileira Paloma Costa Oliveira, que faz parte do Grupo Consultivo da Juventude sobre Mudança Climática.


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