A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), instituição global da área de ciência da conservação, tem editais abertos para seleção de profissionais independentes com experiência em diversas áreas para compor o Painel Independente de Assessoramento Científico e Técnico (ISTAP, na sigla em inglês), que atuará na bacia do Rio Doce.
A instalação do Painel do Rio Doce, como é chamado no Brasil, tem como objetivo recomendar, com base em avaliações científicas e independentes, as melhores estratégias para recuperação e conservação da bacia do Rio Doce, após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).
Os interessados em participar do Painel do Rio Doce devem ter uma base científica sólida e conhecimento da região. O Painel tem vigência de cinco anos e as aplicações devem ser submetidas até o dia 6 de agosto de 2017. Todas as informações se encontram no site: www.iucn.org/riodocepanel .
O Painel do Rio Doce é gerido pela IUCN, uma instituição internacional com experiência reconhecida pela comunidade científica na gestão de painéis instalados em regiões atingidas por impactos ambientais relevantes, e coordenado pela equatoriana Yolanda Kakabadse. Globalmente, a IUCN conta com uma rede de 16 mil especialistas e atualmente busca membros para compor o Painel no Brasil.
A atuação do Painel do Rio Doce é distribuída em seis eixos temáticos, considerando os aspectos da vida terrestre, marinha e ribeirinha: estratégia, toxicologia, impactos sobre os ecossistemas, remediação dos ecossistemas, gestão de água, resíduos e rejeitos, e práticas econômicas sustentáveis. O Painel tem forte caráter técnico, independente e multidisciplinar, e seu produto são recomendações, em diferentes níveis, e temas relacionados ao problema. A instalação do Painel é uma iniciativa da Fundação Renova, em virtude da complexidade, escala e ineditismo da tragédia ambiental gerada a partir do rompimento da barragem de Fundão.
Sobre a Fundação Renova
A Fundação Renova é uma instituição autônoma e independente constituída para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão. Entidade privada, sem fins lucrativos, garante transparência, legitimidade e senso de urgência a um processo complexo e de longo prazo. A Fundação foi estabelecida por meio de um Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC), assinado entre Samarco, suas acionistas, os governos federal e dos estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, além de uma série de autarquias, fundações e institutos (como Ibama, Instituto Chico Mendes, Agência Nacional de Águas, Instituto Estadual de Florestas, Funai, Secretarias de Meio Ambiente, dentre outros), em março de 2016. (Renova/Envolverde)