• 05 de junho de 2025
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Mais de 8 milhões de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos todos os anos

Mais de 8 milhões de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos todos os anos
O oceano é o berço da vida no planeta. Responsável por regular o clima, produzir oxigênio e abrigar milhares de espécies, ele é essencial para o equilíbrio da Terra. No entanto, uma grave ameaça cresce silenciosamente a cada ano: a poluição plástica.


Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), mais de 8 milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos anualmente. Isso equivale a cerca de um caminhão de lixo sendo despejado no mar por minuto.


De onde vem tanto lixo?
O lixo plástico nos oceanos tem diversas origens, incluindo:


Descarte incorreto nas cidades, que é levado por rios e canais;


Falta de infraestrutura para coleta e reciclagem;


Atividades industriais e da pesca;


Descarte direto por embarcações e turistas em praias.


Os principais resíduos encontrados no mar são sacolas, garrafas, canudos, redes de pesca e microplásticos — partículas minúsculas de plástico que já contaminam peixes, moluscos e até a água que bebemos.


Impacto devastador na vida marinha
Animais como tartarugas, golfinhos, aves marinhas e peixes confundem plástico com alimento ou ficam presos em embalagens e redes descartadas. A ingestão de plástico pode causar ferimentos internos, bloqueio do sistema digestivo e até a morte.


Estima-se que:


Mais de 1 milhão de aves marinhas morrem anualmente por causa do plástico;


Mais de 100 mil mamíferos marinhos também são vítimas desse tipo de poluição.


Problema ambiental, social e econômico
Além de afetar a vida marinha, a poluição plástica prejudica a pesca, o turismo e a saúde pública. Microplásticos já foram encontrados em sal de cozinha, água potável e até em amostras de sangue humano, o que mostra que o problema é mais próximo do que imaginamos.


Se nada mudar, até 2050 haverá mais plástico do que peixes nos oceanos (em peso), segundo um estudo divulgado pelo Fórum Econômico Mundial. 


O que pode ser feito?


A boa notícia é que a mudança começa com atitudes simples, como:



  • Reduzir o uso de plásticos descartáveis (sacolas, canudos, copos);

  • Separar o lixo e destinar corretamente os recicláveis;

  • Apoiar leis e projetos de combate à poluição marinha;

  • Participar de ações e campanhas de limpeza em praias e rios;

  • Educar e conscientizar outras pessoas sobre o tema.


O oceano não é lixeira. Ele é fonte de vida, beleza e equilíbrio. Preservá-lo é responsabilidade de todos nós. Cada garrafa que deixamos de descartar incorretamente, cada plástico que evitamos usar, representa um pequeno gesto com grande impacto.


Cuidar do oceano é cuidar do planeta. E cuidar do planeta é cuidar de nós.


Por Amanda Carolina Tostes

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