• 06 de dezembro de 2021
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Mesmo mais fraco, La Ninã causará aumento da temperatura média global

Fenômeno em 2021/2022 influenciará temperaturas e precipitação; OMM explica que aquecimento em várias regiões do mundo acontecerá devido ao calor que está “preso” na atmosfera devido aos grandes índices de gases de efeito estufa. A Organização Meteorológica Mundial, OMM, confirma que o La Ninã está acontecendo pelo segundo ano consecutivo e deve durar até o início de 2022, influenciando temperaturas e precipitação. Por natureza, este fenômeno climático têm uma influência de resfriamento, mas a OMM explica que as temperaturas em várias regiões do mundo deverão ser mais altas do que a média devido aos níveis recorde de gases de efeito estufa “presos” na atmosfera. 



La Nin 20212022 ser de fraco a moderado mas setores como agricultura sade recursos hdricos e gerenciamento de desastres sero afetados

?CIAT/NeilPalmer

La Ninã 2021/2022 será de fraco a moderado, mas setores como agricultura, saúde, recursos hídricos e gerenciamento de desastres serão afetados

 



Impactos na agricultura 



Pelos estudos da OMM, o La Ninã 2021/2022 será de fraco a moderado e um pouco mais fraco do que o evento de 2020/2021. Mesmo assim, setores como agricultura, saúde, recursos hídricos e gerenciamento de desastres serão afetados. A OMM fornece apoio e aconselhamento para entidades humanitárias internacionais, na tentativa de reduzir impactos, principalmente em países mais vulneráveis que já estão sofrendo com os extremos climáticos e com os impactos da pandemia de Covid-19. A agência da ONU lembra que com o La Ninã, as temperaturas na superfície do Oceano Pacífico central e equatorial leste ficam mais frias e ocorrem também mudanças na circulação atmosférica tropical. Com isso, acontecem mais ventos, mais pressão e mais chuvas. 




OMM divulgou estudo nesta segunda-feira




OMM/Olga Khoroshunova

OMM divulgou estudo nesta segunda-feira






 


Um dos 10 anos mais quentes 

O secretário-geral da OMM explica que o impacto de resfriamento do último La Ninã “fará com que 2021 fique marcado como um dos 10 anos mais quentes já registrados e não o ano mais quente da história”. Apesar disso, Petteri Taalas afirma que “isso não muda a tendência de aquecimento nem reduz a urgência por ação climática”. A OMM calcula que existe uma chance de 90% das temperaturas na superfície do oceano Pacífico tropical continuarem nos níveis La Ninã até o fim do ano e chances de até 80% de permanecerem nesse nível por todo o primeiro trimestre de 2022. 

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