• 09 de novembro de 2011
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Ministros de finanças da União Europeia reafirmam recursos para mudanças do clima

Ministros de finanças da União Europeia designaram mais de € 4 bilhões em financiamentos de curto prazo para auxiliar países em desenvolvimento na adaptação às mudanças do clima e redução das emissões de gases do efeito estufa, mesmo lutando com a crise da dívida financeira.


Uma minuta vista pela Reuters na terça-feira demonstrou que os países membros da UE mobilizaram cerca de € 4,68 bilhões em 2010 e 2011 até agora como parte do compromisso de fornecer € 7,2 entre 2010 e 2012.

“Considerando os desafios econômicos e fiscais que enfrentamos, isto demonstra nosso forte compromisso com o cumprimento do Acordo de Cancun e do G20 para o combate às mudanças do clima”, disse o documento.

Organizações não governamentais disseram que os dados oferecem uma esperança que as questões ambientais não tenham sido riscadas da agenda pela crise européia, mas também demonstraram preocupação que os fundos tenham sido realocados de outras destinações, não sendo novos.

“A primeira vista, os governo europeus cumpriram bem seus compromissos de auxiliar os países pobres a lidar com impactos imediatos das mudanças climáticas. Mas isto foi feito principalmente através do redirecionamento do auxílio ao desenvolvimento para o financiamento climático”, comentou o conselheiro sobre políticas climáticas européias da Oxfam, Lies Craeynest.

Os bilhões da UE fazem parte de um compromisso internacional de repasse de US$ 30 bilhões entre 2010 e 2012 às nações em desenvolvimento. Conhecido como "fast-start finance" (algo como financiamento imediato), o montante foi prometido em 2009 durante o encontro climático de Copenhague.

Para longo prazo, em 2010 em Cancun, os países reconfirmaram o compromisso de arrecadar US$ 100 bilhões anualmente até 2020.

Quando o período do financiamento imediato terminar, pode haver um vazio de recursos.

“No momento, temos muito poucos sinais que eles estão dispostos a colocar mais dinheiro na mesa além de 2012”, enfatizou Craeynest.

Uma declaração da UE no final do encontro dos ministros das Finanças discorre que foi ressaltada a necessidade de identificação de um caminho para “aumentar o financiamento climático entre 2013 e 2020”.

A Oxfam e outras organizações não governamentais estão ansiosas para construir um mecanismo de financiamento que seja distinto e definitivamente novo.

Junto com a WWF, a ONG fez uma proposta, que será discutida no encontro climático de Durban no final do mês, para arrecadar recursos através da aplicação de um preço sobre as emissões de carbono do setor internacional de navegação.

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