• 19 de novembro de 2015
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Mudanças climáticas e suas consequências já causam milhares de mortes

Doenças relacionadas à presença de partículas na atmosfera provocaram a morte 7 milhões de pessoas em 2012. Aumento dos preços dos combustíveis poderia reduzir emissões de carbono, cortar pela metade mortes causadas por poluição e gerar 3 trilhões de dólares por ano, mais da metade dos gastos de saúde do planeta.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou nesta terça-feira (17) que as mudanças climáticas já causam milhares de mortes todos os anos, provocadas por fenômenos extremos, enchentes e secas e pela degradação da qualidade do ar, da água e dos alimentos. Segundo a agência da ONU, a situação tende a se agravar, caso os Estados-membros não adotem ações decisivas na Conferência do Clima de Paris, em dezembro.

De acordo com previsões da OMS, as mudanças climáticas poderão provocar, entre 2030 e 2050, 25 mil mortes por ano, associadas a infecções como malária e diarreia, a ondas de calor e a subnutrição. Outro fator preocupante é a poluição do ar. Doenças relacionadas à presença de partículas na atmosfera deixaram 7 milhões de pessoas mortas em 2012. Mulheres, crianças e os mais pobres em países de baixa renda serão os mais afetados no futuro.

Para a OMS, ações de combate às mudanças climáticas, como o investimento em desenvolvimento de baixo carbono e o uso de energias renováveis, trazem ganhos tanto para o meio ambiente, quanto para a saúde de todos. Segundo a agência, intervenções que reduzam as emissões de poluentes como o carbono negro e o metano e que restrinjam as emissões de veículos podem salvar 2,4 milhões de vidas por ano e reduzir em 0,5ºC o aquecimento do planeta até 2050.

A agência também afirmou que a atribuição de preços mais altos para combustíveis poluentes, de modo a compensar impactos de saúde negativos, pode reduzir as emissões de dióxido de carbono em 20% e cortar pela metade o número de mortes causadas pela poluição do ar. As restrições poderiam gerar lucros de 3 trilhões de dólares por ano, valor que representa mais da metade dos gastos de saúde de todos os governos do mundo.

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