• 22 de novembro de 2011
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Multinacionais se comprometem com selo WindMade

Certificação serve para garantir que 25% da energia utilizada pelas companhias virá de usinas eólicas
Reciclagem de lixo, reutilização de água, redução do consumo de energia, reaproveitamento de recursos: essas são apenas algumas ações que gostaríamos de ver em uma empresa na busca pela sustentabilidade. E se, além disso, pudéssemos ter certeza que a companhia utiliza energias renováveis como fonte de sua eletricidade? Esse tipo de ação será incentivado pela certificação WindMade, lançada na última semana em Nova York e adotada por 15 grandes firmas multinacionais.

O selo WindMade servirá para comprovar que a companhia que utiliza a certificação obtém pelo menos 25% de sua energia de fontes eólicas. A organização WindMade foi criada no início de 2011 com o objetivo de estimular o investimento em energia eólica através do aumento da demanda por produtos verdes e pela produção de itens com a utilização de energias renováveis.

A ideia do selo havia sido anunciada pela primeira vez no Fórum Econômico Mundial de Davos, em 2010. “Acreditamos em dar o exemplo e aumentamos o uso de energia limpa de 7% para 65% nos últimos quatro anos. A WindMade é um passo importante rumo à transparência dos mercados e estamos contentes por nos unirmos a esta nova associação”, declarou Sabine Miltner, do Deutsche Bank, uma das empresas que se uniu à iniciativa.

As empresas que se comprometeram foram: Motorola (celulares e descodificadores), Deutsche Bank (serviços financeiros), Becton, Dickinson e Co. (BD – tecnologia médica), Method (produtos para casa e higiene pessoal), Better Place (estruturas elétricas de carros), Widex (aparelhos auditivos), Droga5 (agência de publicidade), G24 Innovation (energia solar), Engraw (têxteis), RenewAire (ventiladores de recuperação de energia), TTTech (plataformas de comunicação e controle), Vestas (turbinas eólicas), PwC DK (serviços profissionais), Bloomberg (notícias financeiras e serviços de dados) e LEGO (brinquedos).

“Os consumidores estão prontos para agir – 67% de 31 mil consumidores em nível mundial nos disseram que dariam preferência a produtos WindMade. A WindMade permite que as pessoas escolham marcas que escolhem a [energia] eólica”, explicou Morten Albæk, vice-presidente sênior de marketing global da Vestas, que lidera o empreendimento.

As firmas terão três maneiras para atingirem suas metas de 25% de energia eólica: possuindo suas próprias turbinas eólicas, comprando eletricidade de usinas eólicas através de acordos ou adquirindo certificados aprovados pela WindMade.

As companhias poderão ter um selo de nível global, regional ou por estabelecimento, e essa distinção estará disponível na própria certificação. Além deste selo, que é exclusivo para organizações, a WindMade está desenvolvendo uma certificação para produtos, que pretende lançar para 2012.

“A oferta do setor de energia limpa pode ser cumprida claramente, mas agora é o momento de impulsionar a demanda. O governo fez a sua parte e agora depende da comunidade empresarial demonstrar liderança e compromisso com o desenvolvimento de energia limpa. O selo WindMade nos dá um mapa para alcançarmos isto”, observou Curtis Ravenel, da Bloomberg.




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