México ganhará royalties por créditos de carbono de lâmpadas econômicas
O México ganhará royalties por créditos de carbono gerados pelo uso de lâmpadas econômicas, um projeto pioneiro no mundo que pode trilhar o caminho para que outros países em desenvolvimento financiem cortes de emissões, comemoraram investidores nesta segunda-feira.
Sob o projeto, uma empresa australiana, a Cool nrg International, apoiada pelo Banco da América Merrill Lynch, distribuirá 45 milhões de lâmpadas eficientes fornecidas pela Philips Electronics para 6,5 milhões de lares de baixa renda na Cidade do México.
O objetivo é economizar 33 mil gigawatts/hora, cortando emissões anuais equivalentes a cerca de um terço da cidade famosa pela poluição. No total, o projeto pretende reduzir 16 milhões de toneladas de dióxido de carbono ao longo de dez anos.
O acordo foi anunciado em paralelo a uma conferencia de carbono em Melbourne.
Cada tonelada de dióxido de carbono não emitida gera um crédito, ou Redução Certificada de Emissão (RCE), que será vendido pela Cool nrg para empresas em países desenvolvidos, como as australianas. As RCEs negociadas no mercado secundário europeu estavam sendo negociadas a € 6,50/t na sexta-feira.
A Cool nrg venderá os créditos de carbono e com a renda pagará royalties para o governo mexicano, sendo uma quantia fixa somada a um componente variável ligado ao preço de mercado dos créditos.
Apesar da implantação e monitoramento complexos, o projeto pode resultar em cortes significativos de emissões, ajudar residências de baixa renda na economia com gastos energéticos e gerar renda para o governo, comentou o presidente da Cool nrg Nic Frances.
Outro projeto similar da empresa, com alguns parceiros, foi em 2009 o primeiro do tipo a ser aprovado sob o Programa de Atividades do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
Sob o projeto, também no México, a Cool nrg distribuiria 30 milhões de lâmpadas compactas fluorescentes ao longo de vários anos visando a geração de 7,5 milhões de RCEs. A empresa Holandesa Eneco Energy Trade concordou em comprar as RCEs intermediadas na época pela TFS Green.
Traduzido por Fernanda B. Muller, Instituto CarbonoBrasil