• 06 de dezembro de 2011
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
  • 811

Novos mecanismos podem gerar reduções de até 800 MtCO2 entre 2013-2020

Com a incerteza sobre a extensão do Protocolo de Quioto e a ameaça que ronda o futuro do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), uma dúvida pode surgir: qual é a importância de outras ferramentas que auxiliam no controle e na redução das emissões de carbono enquanto não se der continuidade a um acordo climático global?

Pois uma nova análise realizada pela agência Thompson Reuters Point Carbon indica que estes mecanismos, como a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD), as Ações Nacionais de Mitigação Apropriadas (NAMAs) e programas bilaterais, poderão a diminuir entre 500 e 800 MTCO2 entre 2013 e 2020.

“Já que esperamos que a partir de 2013 o quadro internacional de mudanças climáticas tome forma de um sistema de garantia e revisão independente, sem um segundo período de compromisso de Quioto, então, coletivamente, esses novos mecanismos de mercado terão uma contribuição importante para atingir as metas de redução de emissões de setores governamentais e privados”, explicou Arne Eik, da Thompson Reuters Point Carbon.

Assim como o MDL, estas ferramentas são aplicadas em países emergentes para gerar créditos tanto em nível de projeto quanto em nível de setor, e que são vendidos a nações desenvolvidas para serem utilizados como compensação pelas emissões destes países. Mas diferentemente do MDL, estes programas representam uma abordagem em larga escala para mitigar as emissões das nações ricas.

Segundo o estudo, das reduções geradas nesse período de tempo, de 200 a 300 MT seriam do mecanismo de REDD, de 100 a 200 seriam possibilitadas pelas NAMAs e de 200 a 300 seriam geradas por programas bilaterais de compensação, como os do Japão.

“Esses novos mecanismos atingem a crescente necessidade de abordagens novas e em grande escala para reduções de emissões para complementar os mecanismos flexíveis existentes no Protocolo de Quioto”, declarou Eik, que é diretor de mecanismos de crédito e de mercados emergentes de carbono da agência.

No entanto, o documento lembra que apesar da contribuição dos novos programas, o MDL ainda é o que mais importância terá em um cenário próximo. “Apesar do potencial considerável dos novos mecanismos, uma falta de demanda por novos créditos e o tempo necessário para consolidar a forma dos novos mecanismos internacionais de crédito significam que, no período de 2013-2020, o MDL continuará como a principal fonte de compensações internacionais, gerando cerca de 2,7 bilhões de RCEs”, disse Carina Heimdal, autora da análise.

Para obter uma cópia do documento, entre em contato com:

Candida Jones
PR Manager, Thomson Reuters Point Carbon
Tel: +44 (0) 777 5754 763
E-mail: candida.jones@thomsonreuters.com

Autor: Jéssica Lipinski

Empresas contempladas