• 03 de junho de 2024
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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ONU defende mais inclusão nas redes globais de produção e distribuição

Capital de Barbados acolheu ministros de Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento em reunião sobre comércio global em momento de fragilidade; representantes do grupo querem transição para tecnologias verdes e sustentáveis no transporte marítimo.


 Mais de 1 mil delegados internacionais participaram no 1º Fórum da Cadeia de Suprimentos Global das Nações Unidas. A parceria entre a ONU Comércio e Desenvolvimento, Unctad, e o Governo de Barbados juntou representantes de governos e do setor privado em Bridgetown, entre 21 e 24 de maio.


A reunião que abordou as crescentes interrupções nas cadeias de suprimentos globais teve a presença da vice-secretária geral da ONU, Amina Mohammed, e da primeira-ministra de Barbados, Mia Amor Mottley.


Redes globais de produção e distribuição
Para a secretária-geral da ONU Comércio e Desenvolvimento, Rebeca Grynspan, é preciso ter urgência em tornar as redes globais de produção e distribuição mais inclusivas, sustentáveis e resilientes.


No fórum que aconteceu em meio a um ambiente de comércio global considerado “volátil” foi emitida uma declaração conjunta de ministros dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, Sids.


No documento, os representantes de governos defenderam a transição para tecnologias verdes e sustentáveis no transporte marítimo para promover a eficiência energética e combater a poluição marinha.


Resiliência, a sustentabilidade e a inclusão
O grupo de nações pediu ainda que as instituições financeiras internacionais, os bancos de desenvolvimento e os países doadores priorizem o financiamento e o investimento em seu setor de transporte e logística focando “em projetos que promovam a resiliência, a sustentabilidade e a inclusão”.


No fórum, a Unctad e o Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, CCpit, assinaram um Memorando de Entendimento para expandir a colaboração em ações que promovam o comércio e investimento.


Outras áreas envolvem cooperação para a facilitação do comércio, exposições temáticas da cadeia de suprimentos, diálogos público-privados, eventos de combinação de negócios e facilitação de intercâmbios entre especialistas em economia e comércio, acadêmicos e grupos de reflexão.


A expetativa é que com a realização do evento saiam reforçadas as cadeias de suprimentos globais e a resiliência dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento. O Reino da Arábia Saudita sediará a segunda edição em 2026.


Efeitos da Covid-19 nas cadeias de suprimentos
O fórum abordou ainda os efeitos combinados das mudanças climáticas, das tensões geopolíticas e da pandemia de Covid-19 nas cadeias de suprimentos globais.


Nestes tópicos, a chefe da ONU Comércio e Desenvolvimento forneceu uma análise crítica e acompanhou os ministros dos Sids na visita ao porto de Bridgetown, em Barbados.


Para a agência das Nações Unidas, o papel das instalações portuárias é crucial na manutenção das cadeias de valor globais por meio de tecnologia e práticas sustentáveis.

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