Obama pede fim de subsídios para combustíveis fósseis
No tradicional “State of the Union”, discurso que todo presidente norte-americano realiza em janeiro, Barack Obama aproveitou para fazer campanha, falou do aumento de impostos para os ricos, mas também destacou a estratégia energética dos Estados Unidos, resumida por ele em “desenvolver todas as opções disponíveis”.
“Queremos um futuro no qual tenhamos o controle sobre a nossa própria energia, sem precisarmos ficar preocupados com instabilidades em outras partes do mundo. Exploraremos todo o potencial energético que possuímos, todas as fontes disponíveis receberão atenção”, disse Obama.
Apesar de defender a expansão da perfuração de poços de petróleo e da exploração de gás natural, o presidente pediu o fim dos subsídios para os combustíveis fósseis.
“Subsidiamos as companhias petrolíferas por mais de um século, isto já foi o bastante. É hora de acabar com essa ajuda já que as empresas estão lucrando como nunca. Podemos utilizar esses recursos para incentivar as energias limpas, que são promissoras e que também criam empregos.”
Sobre o apoio para as fontes alternativas, o presidente norte-americano afirmou que vai continuar apostando nas novas tecnologias.
“Alguns investimentos não dão certo, algumas companhias quebram. Mas eu não vou desistir da promessa da energia limpa (...) Não vou ceder nosso espaço nas indústrias solares, eólicas e de baterias para a China ou Alemanha.”
Obama aproveitou para criticar o governo chinês, que estaria utilizando subsídios ilegais para prejudicar o livre mercado internacional.
“Não ficarei de braços cruzados enquanto nossos competidores não respeitam as regras. Nós já entramos com o dobro de processos contra a China do que a administração passada”, concluiu.