Uma força-tarefa liderada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), utilizou imagens de satélite georreferenciadas para identificar as terras devastadas pelo incêndio que consumiu 6.500 hectares no pantanal na cidade de Corumbá (MS) em junho. No total, a área afetada ultrapassou 30.000 hectares e afetou também a Bolívia, país vizinho.
A investigação, que contou com o apoio da Polícia Federal (PF) e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) do Mato Grosso do Sul, constatou que o fogo foi iniciado com a abertura ilegal de novas áreas de pastagem para a criação de gado. O fazendeiro identificado como responsável pela devastação foi multado em R$ 50 milhões por causar a destruição, além de receber uma outra multa, de R$ 12,35 milhões, por impedir a regeneração da vegetação nativa em uma área de 2.469 hectares, já embargada por questões ambientais.
Iniciada em julho de 2024, a operação segue em andamento e integra uma série de medidas para combater a crise no Pantanal, onde incêndios florestais são uma constante ameaça, exacerbada por práticas ilegais. O uso de tecnologia avançada, como o Sistema BD Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e análises de imagens de satélite, tem sido crucial para direcionar as equipes de fiscalização e evitar a destruição de mais áreas de vegetação nativa.
Enquanto as investigações continuam, o Ibama reforça os alertas e a conscientização sobre os riscos de novos incêndios no Pantanal, um ecossistema de grande importância. O esforço das autoridades visa garantir a preservação do bioma, protegendo a biodiversidade nele presente e as comunidades locais que dependem de seus recursos naturais.