• 20 de fevereiro de 2014
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Os melhores e os piores países em matéria de sustentabilidade

Os americanos e britânicos, de um modo geral, têm uma espécie de obsessão pela elaboração de rankings e listas em geral. Os 10 mais disso, os 10 menos daquilo… Enfim, tudo que possa ser comparado é objeto do escrutínio de algum jornalista especializado, empresa de pesquisa ou centro acadêmico de alguma universidade. Um deles é o Índice de Desempenho do Meio Ambiente (EPI, da sigla em inglês). Trata-se de um trabalho robusto, resultado da parceria de dois centros acadêmicos de primeiríssima linha: as universidades Yale e Columbia, nos Estados Unidos. Quem paga a conta são duas fundações: Samuel Family Foundation e McCall MacBain Foundation, também americanas.

A obsessão por métricas tem lá sua razão de ser. Apesar de não contarem a história toda, os números nos ajudam a comparar, de forma mais equilibrada e isenta, o desempenho de pessoas e de países. Afinal, quem tem um boletim acadêmico recheado de 10 terá mais chance de conseguir uma bolsa de estudo ou um bom emprego que aquele que passou raspando em todas as disciplinas, não é mesmo?

Pois bem, nesta lista, o Brasil aparece em uma posição, digamos, intermediária: com nota 52.97, ocupamos a 77ª colocação de um total de 178 países analisados. Nossos pontos fortes são os cuidados com a floresta e a oferta de água tratada. O destaque negativo é a queda nos estoques de pesca, área que nunca recebeu a atenção devida do governo, em particular, e da sociedade, em geral.

O detalhe interessante neste estudo é que a riqueza de um país, apesar de influenciar na qualidade de vida de seus habitantes, não garante, por si só, uma posição de destaque quando se fala da sustentabilidade. Isso fica claro quando analisamos a posição dos Estados Unidos. Apesar de o país contar com universalização de serviços de água e esgoto, ele desponta na 33ª colocação.

Quase mais perto do Brasil que da líder Suíça, a líder do ranking. Os pontos negativos, como a queda na oferta de pescados e também pelo fato de não ter avançado, desde 2003, no processo de recuperação da cobertura vegetal, ajudam a explicar a posição dos americanos.

O estudo também mostra o resultado do trabalho de pressão exercido por ecologistas e do aumento da consciência ambiental de governos de todos os continentes. Desde 2003, nada menos que dois bilhões de pessoas passaram a ter acesso à água tratada.

De fato, muito ainda há de ser feito para transformar a Terra em um lugar melhor para se viver. Mas os números mostram que estamos avançando em vários aspectos. E isso também vale para o Brasil, cujo maior destaque em matéria de sustentabilidade das condições de vida, neste período, foi na melhoria das condições de saúde, por conta da redução da mortalidade infantil.

Bem na foto ambiental

Conheça dos cinco países mais bem colocados:

1º Suíça
2º Luxemburgo
3º Austrália
4º Cingapura
5º República Checa


Empresas contempladas