• 17 de novembro de 2011
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Parlamento europeu aprova cortes maiores nas emissões

O parlamento europeu aprovou uma resolução não-vinculante pedindo que o bloco avance nas suas metas de corte de 20% nas emissões de gases do efeito estufa até 2020, argumentando que criaria benefícios econômicos através de ‘empregos e crescimento verdes’.

A resolução teve o apoio dos cinco principais grupos políticos e foi adotada com 532 votos a favor, 76 contra e 43 abstenções.

Os legisladores querem que a União Europeia tenha um papel de liderança na próxima conferência do clima das Nações Unidas em Durban e que defenda a extensão do Protocolo de Quioto, a menos que um novo acordo compulsório seja fechado.

“Precisamos lidar com as brechas e redefinir os compromissos feitos em Copenhague e Cancun”, comentou o presidente do comitê parlamentar sobre meio ambiente Jo Leinen.

Os parlamentares querem que a UE ajude a chegar a um acordo sobre as fontes e o gerenciamento do Fundo Verde do Clima, que deve captar US$ 100 bilhões anuais até 2020.

Além disso, eles enfatizaram a necessidade de novas medidas para os setores não incluídos no Protocolo de Quioto, como aviação e navegação, e para lidar com as mudanças no uso da terra.

“Com as discussões climáticas das Nações Unidas em um limbo prolongado, o compromisso claro da UE em relação ao Protocolo de Quioto além de 2012 daria um novo ímpeto às conversas”, enfatizou o representante do Partido Verde na delegação europeia que vai para Durban, Bas Eickhout.

A preocupação do “vazio de gigatonelada” (gigatone gap) foi lembrada pelos legisladores na resolução, se referindo a diferença entre os compromissos internacionalmente assumidos e a meta das Nações Unidas que pretende limitar o aumento médio das temperaturas globais em 2°C.



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