Países vulneráveis mostram o caminho para um futuro descarbonizado
Durante a abertura da COP21, em Paris, a atenção do mundo esteve nos chefes de Estado, mas foram os países mais vulneráveis que roubaram a cena.
O Fórum dos países mais vulneráveis – incluindo países como Filipinas, Sudão, Etiópia e Bangladesh – mostraram o que é liderança pelo clima ao assinarem uma declaração ambiciosa que pede um futuro com 100% de energia renováveis até 2050, a completa descarbonização da economia global e a limitação do aumento da temperatura do planeta em 1,5oC. O fortalecimento do impulso político também pode ser notado pelas alianças estabelecidas por chefes de Estado, como o programa internacional de energia solar que mais de 30 países assinaram e que será dedicada à transferência de tecnologia e financiamento de energia solar das nações mais desenvolvidas para os países mais pobres.
Discurso dos líderes mundiais
Na abertura da Conferência do Clima em Paris, nesta segunda-feira (30), líderes de cerca de 150 países discursaram sobre suas contribuições nacionais e sobre a importância de alcançar um acordo pelo clima após centenas de milhares de pessoas terem se mobilizado e ocupado as ruas em cerca de 2.300 eventos ao redor do mundo no último final de semana.
Barak Obama apoiou a necessidade de resiliência para os países mais vulneráveis e a China se comprometeu novamente em alcançar o pico de suas emissões o mais cedo possível. Estas declarações demonstram que esta Conferência do Clima e que o mundo chegaram ao “momento de virada”.
A presidenta Dilma Rousseff juntou-se a vários outros chefes de Estado para pedir que o acordo seja legalmente vinculante, num recado aos EUA e à Índia, e também reforçou a mensagem dos ciclos de compromisso de cinco anos. O que não ficou claro na fala de Dilma foi a menção aos “esforços de redução de emissões de desmatamento com a Estratégia Nacional de REDD+”, sendo que a estratégia sequer foi colocada em consulta pública pública.