Pesquisa mostra percepção dos paulistanos sobre a qualidade de vida na cidade
A Rede Nossa São Paulo, em parceria com o Ibope, lançou nesta terça-feira (21/1) a 5ª edição da pesquisa IRBEM (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município) – ver ao final da página, anexa. No evento também foi divulgado o nível de confiança dos paulistanos em relação às instituições.
O IRBEM revela o nível de satisfação dos paulistanos em relação à qualidade de vida e ao bem-estar em São Paulo. A pesquisa aborda 25 temas, tanto os relacionados às condições objetivas de vida na cidade – nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, habitação e trabalho – quanto os ligados a questões subjetivas, como sexualidade, espiritualidade, consumo e lazer.
O levantamento revela ainda, pelo sétimo ano consecutivo, o nível de confiança da população nas instituições (Prefeitura, Câmara Municipal, Polícia Militar, Tribunal de Contas, Poder Judiciário etc.) e a avaliação dos serviços públicos. Tempo de espera por consultas médicas (nos sistemas público e privado) e tempo de espera nos pontos de ônibus são algumas das perguntas que compõem a pesquisa.
A pesquisa foi realizada entres os dias 3 e 23 de dezembro de 2013 com 1.512 pessoas que moram em São Paulo com 16 anos de idade ou mais. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Algumas das conclusões do estudo são:
- Para 39% dos entrevistados a qualidade de vida na cidade “melhorou um pouco” ou “melhorou muito” em 2013. Em 2012, a porcentagem era de 38%;
- 55% das pessoas, se pudessem, mudariam de cidade. Em 2012, eram 56%;
- Em 2013, 93% dos entrevistados afirmaram que a cidade é um lugar “pouco seguro” ou “nada seguro”. No ano passado, eram 91%. O número vem piorando ao longo dos anos;
- Violência em geral, Assalto/roubo e Tráfico de drogas são, nessa ordem, os maiores medos dos paulistanos;
- Caiu de 76% para 71% o número de entrevistados que afirmaram ter utilizado algum tipo de serviço público de saúde em 2013. E de 52% para 41% os que utilizaram os serviços públicos de educação;
- Caiu o tempo de espera pelos serviços públicos de saúde na cidade: consultas (de 66 para 60 dias), exames (de 86 para 79) e procedimentos mais complexos (de 178 para 170);
- No serviço privado de saúde a queda foi significativa: consultas (de 16 para 7 dias), exames (de 20 para 7 dias) e procedimentos mais complexos (de 44 para 19 dias);
- Avaliação da administração municipal: caiu de 17% para 11% os que consideram “ótima/boa”, aumentou de 48% para 49% os que disseram ser “regular” e subiu de 35% para 39% os que afirmaram ser “ruim/péssima”;
- Avaliação da subprefeitura: caiu de 18% para 12% os que consideram “ótima/boa”, aumentou de 45% para 46% os que disseram ser “regular” e subiu de 35% para 39% os que afirmaram ser “ruim/péssima”;
- Avaliação da Câmara Municipal de São Paulo: caiu de 11% para 6% os que consideram “ótima/boa”, de 39% para 37% os que disseram ser “regular” e subiu de 46% para 54% os que afirmaram ser “ruim/péssima”;
- Corpo de Bombeiros, Correios e Sabesp, nesta ordem, são as instituições com maior confiança da população. Câmara Municipal, Prefeitura e Subprefeituras, nesta ordem, permanecem entre as instituições com menor confiança da população.
Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município: – Dos 169 itens avaliados (com notas que poderiam variar de 1 a 10), 137 receberam nota abaixo da média, que é 5,5. No ano passado, 139 estavam abaixo da média;
- Relação com a família, Relação com os amigos e Acesso ao uso da Internet foram, nessa ordem, os itens mais bem avaliados;
- Honestidade dos governantes, Punição à corrupção e Transparência dos gastos e Investimentos públicos foram, nessa ordem, os itens que receberam a pior avaliação;
- Saúde, Educação, Trabalho, Habitação e Segurança foram, nessa ordem, as áreas consideradas de maior impacto na qualidade de vida da população;
- Neste ano, a pesquisa anuncia um novo dado: o Índice de Bem-Estar na cidade de São Paulo. Com base na média ponderada das respostas, o número é 4,8.