• 30 de setembro de 2024
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Plano de Ação Climática de Porto Alegre define ações de prevenção e enfrentamento a efeitos climáticos

A Prefeitura de Porto Alegre divulgou nesta quinta-feira, 26, o relatório final do Plano de Ação Climática (PLAC), um documento que reúne 30 ações de mitigação e adaptação para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e fortalecer a resiliência climática. O principal objetivo é garantir que a cidade diminua os níveis de poluição e esteja preparada para possíveis eventos climáticos extremos. A apresentação acontece no novo Centro de Monitoramento e Contingência Climática, construído.
Durante um ano e meio, os técnicos contratados fizeram estudos e cruzamento de informações com base no Inventário de Gases de Efeito Estufa de Porto Alegre de 2021, que apontou que o transporte é responsável por 67,7% das emissões de poluentes, energia estacionária (consumo de eletricidade e gás diário das pessoas) responde por 23% das emissões e resíduos, 8,8% das emissões.
Inundações, tempestades, deslizamentos, ondas de calor, secas e vetores de arboviroses foram apontados como as seis principais ameaças para a capital pela Análise de Risco e Vulnerabilidade Climática (ARVC).
A partir daí, foram desenvolvidas 30 medidas concretas com metas de mitigação e de adaptação social, econômica, ambiental e territorial da cidade aos efeitos das mudanças climáticas. Entre elas estão a implementação de sistemas de alerta para riscos, a elaboração de um plano de contingência para ondas de calor, o incentivo à transição energética do transporte, melhoria do reuso da água, da coleta e separação de resíduos, incentivo à arborização adaptada às novas condições climáticas e educação ambiental.
“O Plano de Ação Climática representa um marco significativo no caminho de Porto Alegre em direção à sustentabilidade. Com o apoio e a colaboração ativa de toda a sociedade, estaremos prontos para enfrentar os desafios climáticos e construir um futuro mais resiliente e sustentável para todos”, destacou Germano Bremm, secretário do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade e coordenador do Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática.
Ações em andamento - Das 30 ações definidas no Plano de Ação Climática, 13 já estão em andamento, por meio do Escritório de Reconstrução e Adaptação Climática. Uma delas, a contratação de serviços para monitoramento meteorológico, hidrológico e geológico de Porto Alegre, e emissão de alertas e boletins informativos terá a abertura da licitação publicada nesta quinta-feira, 26, no Diário Oficial.
Também já estão em andamento a elaboração do Plano de preparação e mitigação de desastres climáticos e atualização do Plano de Contingência, a instalação de dez sensores e dez réguas para alerta de riscos, a contratação do monitoramento da qualidade do ar, a ampliação da arborização e áreas de sombreamento, principalmente nas áreas mais vulneráveis aos efeitos de onda de calor, o cultivo de espécies da flora nativa resilientes à mudança do clima nos viveiros municipais, entre outros. As 13 iniciativas somam R$ 25 milhões em investimento.
PLAC - O Plano de Ação Climática é fruto de uma cooperação técnica entre a Prefeitura de Porto Alegre e o Banco Mundial, firmada durante a Conferência Mundial pelo Clima (COP27). Essa parceria viabilizou a contratação de uma consultoria técnica formada pela WayCarbon, em consórcio com o ICLEI América do Sul, Ludovino Lopes Advogados e Ecofinance Negócios. Agora o relatório final será transformado num projeto de lei a ser apreciado pela Câmara de Vereadores. Clique aqui para ler o relatório completo.

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