Ministério coordenará programa financiado com recursos do Fundo Mundial para o Meio Ambiente. Objetivo é estimular economia sustentável.
Mais de 60 milhões de dólares serão investidos em ações de sustentabilidade na Amazônia Legal. O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, participou nesta terça-feira (19/12) da assinatura de contrato que vai liberar os recursos do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, financiado pelo Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF). O projeto será coordenado pelo MMA em parceria com os órgãos vinculados e os governos do Acre, Amazonas, Rondônia e Pará.
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A medida focará a gestão de unidades de conservação, além de aumentar as áreas de restauração e manejo sustentável na Amazônia. "Temos de agir de todas as maneiras possíveis para dar o fortalecimento adequado à vertente da sustentabilidade", declarou o ministro. Sarney Filho destacou, ainda, que a promoção do desenvolvimento sustentável na região é fundamental para dar continuidade à redução do desmatamento, que caiu 16% neste ano.
O MMA atuará na coordenação direta do projeto que vai durar seis anos. O contrato foi assinado entre o Banco Mundial, que atua como agência implementadora, e a Conservação Internacional (CI) e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), ambos executores. O diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser, ressaltou que o projeto beneficia tanto a conservação do bioma quanto o desenvolvimento social dos povos da região amazônica.
INTEGRAÇÃO
As áreas da Amazônia localizadas no Brasil, na Colômbia e no Peru estão envolvidas no projeto. O objetivo é promover a visão integrada do bioma e a conectividade entre os três países nas medidas de conservação por meio da cooperação regional. "É o primeiro projeto na região amazônica que tem ligações muito próximas com os países que querem se beneficiar das experiências do Brasil", destacou Martin Raiser, do Banco Mundial.
O projeto apoiará também o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), que existe há 15 anos e abrange, hoje, 60 milhões de hectares em unidades de conservação (UCs). A meta do Paisagens Sustentáveis é acrescentar 3 milhões de hectares de novas áreas protegidas. Esse componente ainda envolve a consolidação das UCs já existentes e a criação de mecanismos para sustentabilidade financeira a longo prazo.
Políticas voltadas para paisagens produtivas sustentáveis e recuperação da vegetação nativa também estão entre as áreas de atuação do projeto. Nesse sentido, a iniciativa fortalecerá os planos e ações ligados à proteção e restauração do bioma, além da gestão das florestas. "O modelo atingiu um novo patamar, em que a conservação é o eixo principal, mas não o único", explicou o secretário de Biodiversidade do MMA, José Pedro de Oliveira Costa.