• 11 de novembro de 2021
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Proteção da saúde contra efeitos da mudança climática esbarra em financiamento

Levantamento da Organização Mundial da Saúde, OMS, mostra que apenas 25% dos países foram capazes de colocar em prática estratégias para proteger saúde da população dos efeitos da mudança climática; por outro lado, 77% das nações têm planos nacionais neste sentido, mas não têm verbas.  Apenas 25% dos países que participaram de uma análise da Organização Mundial da Saúde, OMS, conseguiram implementar ações para proteger a saúde da população dos efeitos da mudança climática. 



A agência da ONU explica que 77% das nações avaliadas já desenvolveram ou estão criando planos que unem saúde e mudança climática. Mas a falta de financiamento impede que as estratégias sejam de fato colocadas em prática. Além de não terem dinheiro, os países citam também o impacto da Covid-19 e recursos humanos insuficientes para que as estratégias sejam implementadas.  



A Pesquisa Global da OMS sobre Saúde e Mudança Climática deste ano revela que 85% dos países já tem um ponto focal para o assunto dentro do Ministério da Saúde. Além disso, quase todas as nações pesquisadas incluíram a questão da saúde nas suas Contribuições Nacionalmente Determinadas, CNDs. Para a diretora de Meio Ambiente, Mudança Climática e Saúde da OMS, a pesquisa mostra “que muitos países estão despreparados e sem apoio para lidar com os impactos da mudança climática na saúde”. 



Poluição do ar  



Maria Neira está na COP26, em Glasgow, para “garantir que juntos, os países possam fazer um trabalho melhor em proteger as pessoas das maiores ameaças à saúde humana”. A especialista da OMS dá um exemplo: quase 80% das mortes causadas pela poluição do ar poderiam ser evitadas se os níveis atuais de poluição fossem reduzidos, seguindo as recomendações da agência da ONU. 




Emissões com a queima de carvão contribuem para a poluição em Ulaanbaatar, na Mongólia.



Foto: ADB/Ariel Javellana - Emissões com a queima de carvão contribuem para a poluição em Ulaanbaatar, na Mongólia.



A pesquisa aponta ainda que minorias étnicas, comunidades mais pobres, migrantes e deslocados internos, idosos e muitas mulheres e crianças são os grupos que mais precisam de proteção.  Aproximadamente metade dos países reportaram que a pandemia de Covid-19 causou uma lentidão nos progressos de combate à mudança climática, sendo que a situação continua ameaçando a capacidade das autoridades de saúde em planejarem e se prepararem para os choques climáticos.  



 


Empresas contempladas