Amplos ganhos econômicos por meio de práticas agrícolas resilientes a desastres e de fácil implementação são possíveis, de acordo com estudo da agência de agricultura das Nações Unidas divulgado na segunda-feira (13).
Por meio de testes ao longo de anos em mais de 900 fazendas espalhadas por dez países, a FAO afirmou que muitas inovações agrícolas de baixo custo estão dentro do alcance de agricultores pobres. Estas inovações também são muito mais do que barreiras contra desastres.
Exemplos incluem plantação de mangues para proteger áreas costeiras de enchentes e alterar formas de coleta de água e sistemas de irrigação.
Amplos ganhos econômicos por meio de práticas agrícolas resilientes a desastres e de fácil implementação são possíveis, de acordo com estudo da agência de agricultura das Nações Unidas divulgado na segunda-feira (13).
De acordo com o relatório “Redução do risco de desastres no nível de fazendas: benefícios múltiplos, sem arrependimentos”, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), agricultores pobres podem obter ganhos econômicos significativos e outros benefícios ao implementar práticas agrícolas com objetivo de impulsionar suas capacidades de lidar com desastres e eventos naturais.
“O estudo deixa claro que, na maioria dos casos, esforços de redução de riscos de desastres nas fazendas fazem sentido economicamente: investir em redução de riscos de desastres precocemente pode evitar muitos gastos que, em situação contrária, seriam feitos em reabilitação pós-desastre”, disse Dominique Burgeon, diretora da Divisão de Emergência e Resiliência da FAO, no prefácio do relatório.
Por meio de testes ao longo de anos em mais de 900 fazendas espalhadas por dez países, a FAO afirmou que muitas inovações agrícolas de baixo custo estão dentro do alcance de agricultores pobres. Estas inovações também são muito mais do que barreiras contra desastres.
Exemplos incluem plantação de mangues para proteger áreas costeiras de enchentes e alterar formas de coleta de água e sistemas de irrigação.
O estudo da FAO mostrou que boas práticas têm potencial de reduzir danos causados à agricultura do mundo em desenvolvimento por desastres de pequena escala e baixa intensidade. Embora estes ganhem menos atenção que desastres em larga escala, como períodos de seca ou frio extremo, representam um problema constante para as 2,5 bilhões de pessoas que dependem da agricultura de pequena escala.
Em média, práticas de redução de riscos de desastres geraram benefícios 2,2 vezes maiores que práticas usadas anteriormente por agricultores, incluindo crescimento da produção agrícola e prevenção de riscos associados a desastres.
Em cenários de perigo, para cada dólar investido em práticas de redução de riscos, o agricultor obteve 3,7 dólares em perdas evitadas ou em retorno. Em condições sem perigos, o retorno chegou a até 4,5 dólares.
Estas práticas podem beneficiar bilhões de pessoas, prevenindo perdas econômicas e fornecendo benefícios econômicos em nível regional e em nível nacional.
Maior investimento inicial em medidas antecipatórias também é financeiramente mais eficiente que gastos pós-desastres em reconstrução e recuperação, segundo o relatório.
Isto pode ser feito através de replicação agricultor-agricultor, quando agricultores locais começam a adotar novas técnicas após observarem os benefícios que seus vizinhos tiveram. Este método exige pouco investimento ou apoio institucional.
Outro caminho é através de esforços em larga escala, que exigem apoio do governo e do setor privado para promover as práticas.
Crucialmente, ambos caminhos dependem de boas infraestruturas, investimentos adequados e um ambiente que permita estes investimentos. Políticas de desenvolvimento agrícola e trabalhos de planejamento e extensão devem tratar redução de riscos de desastres como uma prioridade, destacou o relatório.