• 09 de novembro de 2011
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Quem sabe faz mais limpo

Nova edição, maiores desafios. Sai o Guia de Eletrônicos Verdes, que avalia marcas de equipamentos em critérios como gasto de energia, uso de materiais tóxicos e reciclagem Após cinco anos de liderança no mercado, o Guia de Eletrônicos Verdes, mais abrangente ranking de boas práticas das principais empresas do setor, ficou mais criterioso. Melhor para as empresas que assumem e honram seus compromissos ambientais, pior para aquelas que só fazem promessas. Nesta edição, o Greenpeace parabeniza HP, Dell e Nokia, as três primeiras colocadas, e condena grandes como Toshiba e LGE, na lanterna. Para encabeçar a lista, que já virou referência para consumidores de todo o mundo, fabricantes de equipamentos eletrônicos precisam, além de demonstrar que seus produtos não contém substâncias químicas perigosas à saúde humana e ambiental, comprovar práticas de redução de emissões de carbono, através de planos de limpeza da matriz elétrica das empresas. O ciclo de vida dos equipamentos é avaliado desde o conteúdo de suas embalagens – papel proveniente de desmatamento ilegal, nem pensar - até o sistema de reciclagem praticado pelas marcas. A multinacional americana HP lidera o ranking deste ano, com 5,9 pontos de 10. A boa marca vem de esforços em rastrear a cadeia produtiva de seus fornecedores, além de um programa efetivo de medição de emissões de carbono. Ao lado da também americana Dell, vice campeã com 5,1 pontos, dá exemplo de rigor com a matéria-prima que usa: as duas são as únicas empresas a zerarem o desmatamento ilegal do papel de suas embalagens. A empresa, no entanto, peca em políticas mais efetivas de reciclagem de seus produtos em países onde não há legislação específica. Após amargar o 10o lugar na edição passada, a Dell finalmente consegue comprovar que está a caminho de eliminar substâncias maléficas, tais como o PVC, componente tóxico do plástico, da sua linha de computadores. Já a Nokia, campeã desde 2008, nesta versão cai para 3o lugar, por falta de estratégias de redução de consumo de energia, seja com eficiênca energética ou aumento do uso de renováveis. "Ao incorporar o critério de uso de energia nos processos produtivos, o novo Guia de Eletrônicos mensura o impacto ambiental proveniente de emissões de gases de efeito estufa e outros poluentes", diz Ricardo Baitelo, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace no Brasil. "O resultado final serve como motivação para que empresas equacionem este problema, adotando cada vez mais medidas de eficiência energética ou mesmo geração de energia renovável em suas unidades produtivas", complementa. Na sequência vêm Apple – subiu posições com melhorias em seus equipamentos, mas somou poucos pontos em energia – Philips, Sony Ericsson, Samsung, Lenovo, Panasonic, Sony, Sharp, Acer, LG Eletronics, Toshiba e RIM. Entre as últimas colocadas, LG e Toshiba também não fizeram bonito em quesito de energia. A canadense RIM, fabricante dos celulares Blackberry, é nova no ranking.



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