Governo e sociedade civil debatem, em São Paulo, medidas de proteção, gestão e recuperação do bioma.
O Dia Nacional da Mata Atlântica, instituído em 1999 e comemorado, desde então, no dia 27 de maio, é um alerta para a urgência na preservação do bioma. Com mais de 2/3 da população brasileira vivendo nele, concentra 70% do PIB do país e tem menos de 22% de sua cobertura vegetal preservada. Nesta sexta-feira (26/05), o secretário de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente (MMA), José Pedro de Oliveira, e o diretor de Conservação de Ecossistemas do MMA, Carlos Alberto Scaramuzza, participaram, em São Paulo, do seminário Mata Atlântica 2017, promovido pelas organizações não-governamentais (ONGs) do setor.
Na abertura do evento, o secretário de Biodiversidade destacou o incentivo do Ministério às iniciativas de criação de corredores ecológicos. José Pedro defendeu a importância da medida, que permite associar a preservação da fauna e da flora ao mesmo tempo e melhorando a gestão em áreas protegidas.
O encontro debateu também os projetos de recuperação da Mata Atlântica e o papel do terceiro setor na defesa do bioma. Scaramuzza ressaltou a importância da integração entre estado e a sociedade civil. “É fundamental e muito positivo o debate com as organizações que estão em contato com a realidade do bioma”, explicou.
VEGETAÇÃO
Pouco mais de 8,5% da vegetação remanescente da Mata Atlântica encontra-se bem conservada, em áreas superiores a 100 hectares. Mesmo reduzida e muito fragmentada, estima-se que abriga cerca de 20 mil espécies vegetais, que correspondem a 35% do total de espécies existentes no Brasil, incluindo diversas espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.
O Seminário faz parte da Semana Mata Atlântica, realizada anualment, desde 2001 para informar, sensibilizar e divulgar as ações em prol do bioma. Iniciativa conjunta da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), da Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA) e Rede de Mosaicos de Áreas Protegidas (REMAP). Conta com apoio do MMA, da GIZ, da SMA/SP, da SVMA/SP e da Escola de Astronomia e Astrofísica da Cidade de São Paulo (Planetário de São Paulo) e UNESCO.