• 03 de junho de 2014
  • JORNAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
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TAM compra 100 mil créditos de carbono para compensar emissões de voos na Copa do Mundo

A TAM, maior companhia aérea do Brasil, anunciou a compra de 100 mil créditos voluntários de carbono para compensar as emissões de gases do efeito estufa de voos extras que operarão durante a Copa do Mundo 2014, que começa no próximo mês.

A TAM, subsidiária do Grupo Latam Airlines, do Chile, afirmou que a quantidade de créditos será mais do que suficiente para compensar as emissões dos 750 voos extras esperados que a empresa conduzirá no Brasil durante a competição, que dura um mês.

A companhia não divulgou o preço pago pelos créditos, que foram vendidos pela Sustainable Carbon de São Paulo, uma desenvolvedora de projetos de baixo carbono.

Stefano Merlin, CEO da Sustainable Carbon, declarou que os créditos foram emitidos sob o Verified Carbon Standards (VCS), um padrão de referência para os mercados voluntários de carbono.

“Esses são créditos premium que têm certificações adicionais, tais como Social Carbon ou Gold Standard, devido aos seus co-benefícios sociais”, observou ele.

A TAM comentou que os créditos vêm de seis projetos no Brasil que reduzem emissões através da substituição de combustíveis em usinas de energia, descartando as fontes fósseis e usando biomassa renovável.

Parte dos recursos obtidos dessas vendas de créditos é investida em programas sociais para comunidades situadas perto dos locais dos projetos.

A companhia aérea disse que apenas os voos extras relacionados à Copa do Mundo serão cobertos pelo programa neste momento.

A TAM afirmou ainda que está avaliando possibilidades de compensação para os próximos três anos..

A indústria da aviação está sob a pressão de grupos ambientalistas para reduzir sua pegada de carbono.

De acordo com o órgão de avião global AITA, o transporte aéreo produziu 689 milhões de toneladas de dióxido de carbono em 2012, sendo responsável por cerca de 2% das emissões globais de CO2.

A AITA estabeleceu uma meta para a indústria reduzir as emissões líquidas de CO2 da aviação em 50% até 2050, em comparação com os níveis de 2005.

Empresas contempladas